“Sessão histórica, porém, sem ter o que comemorar” diz Julio Garcia na abertura da votação do impeachment

Alesc decide futuro do governador de SC e da vice | Foto Divulgação

Por: OCP News Florianópolis

17/09/2020 - 17:09 - Atualizada em: 17/09/2020 - 17:58

O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Julio Garcia (PSD), deu início às 15h na sessão da Alesc que pode decidir pelo prosseguimento do processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés (PSL) e a vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), o que poderá resultar no consequente afastamento de ambos. A previsão de encerramento é para depois das 20 horas.

 

 

Na abertura da sessão, Garcia disse que se trata de uma sessão histórica, porém, sem ter o que comemorar.

Os 40 deputados definirão o futuro de Moisés e Daniela no governo em votações separadas. Pelo rito definido, primeiro votam sobre aceitação do processo contra Daniela, depois analisam o caso de Moisés.

“Não participo de golpe”

Após a abertura dos trabalhos, o advogado Leandro Maciel, que representou o denunciante Ralf Zimmer Junior, teve 15 minutos para falar aos deputados sobre a denúncia apresentada. Maciel aproveitou o espaço para argumentar que o impeachment não se trata de golpe. “Eu não participo de golpes, quem me conhece sabe”.

“O que fez Daniela Reinehr?”

Em seguida, foi a vez dos advogados de defesa dos denunciados. A advogada Ana Blasi foi a primeira. Ela pediu ao presidente da ALESC para dividir o tempo com Salomão Ribas Júnior, que passou a integrar a defesa da vice.

“É uma honra defender a primeira vice-governadora de Santa Catarina. Daniela Reinehr não cometeu crime. O que fez Daniela Reinehr?” questionou Blasi.

A advogada encerrou sua fala dizendo que se querem tirar Daniela e Moisés do governo, o povo é quem deveria fazer isso na urna em 2022.

Em seguida, foi a vez de Ribas Júnior usar a tribuna. Ele disse, por sua vez, que o processo de impeachment não é um golpe, mas um um equívoco constitucional.

“Este é mesmo um dia histórico?

O advogado Marcelo Fey Probst também usou a Tribuna, neste caso, para falar em nome da defesa do governador do estado de Santa Catarina Carlos Moisés.

“Qual o crime da governador do estado? Não existe! E não é a defesa quem diz isso. É o Ministério Público”, disse Probst. Ele concluiu a fala perguntando: “este é mesmo um dia histórico? Será que honrará ou manchada a história da Alesc?”.

Em seguida, os partidos indicaram até cinco oradores para falar por até uma hora. Além dos membros da mesa diretora, aproximadamente 30 deputados estavam em plenário.

Na plateia, assistindo a sessão presencialmente pelo lado do governo, estavam a vice-governadora, Daniela Reinehr, e o Secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, e assessores.

 

* Com informações de Nícolas Horácio/Coluna Pelo Estado

 

 

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