Os serviços desempenhados pela Secretaria da Saúde de Jaraguá do Sul somaram despesas de R$ 153,1 milhões em 2015. No ano passado, houve um déficit de R$ 9,9 milhões entre os valores repassados para manter o sistema e o que foi efetivamente desembolsado. Somando recursos dos governos federal, estadual e municipal com recursos recolhidos pelo fundo municipal do setor, a Secretaria arrecadou R$ 143,2 milhões no período. A diferença foi suprida com o superávit do ano anterior.
O balanço foi apresentado na tarde de ontem pelo secretário da pasta, Dalton Fisher, em audiência pública realizada na Câmara de Jaraguá do Sul. Segundo ele, a preocupação com as finanças é grande, principalmente porque a União está segundo os repasses. “A gente está recebendo agora coisas do ano passado. Como fazer mágica?”, questionou.
Fisher explica que os montantes destinados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não atendem aos valores de serviços e dificultam a atração de profissionais para atuar na rede pública. Essa defasagem teria sido o motivo da diminuição de 15% nos procedimentos de fisioterapia, o número mais negativo apontado pelo balanço.
Outro número destacado por Fisher foi a diminuição de 17% nos atendimentos pré-hospitalar móveis. Em 2015 foram 5,5 mil registros, enquanto que no ano anterior foram 6,7 mil. “É bom porque evidencia que aconteceram menos acidentes graves”, comentou.
O município promete manter a qualidade dos serviços, mesmo com a crise financeira, garante ele. De 2014 para 2015, houve incremento de 30% nas consultas de acompanhamento de crescimento, de 27% nas consultas domiciliares e de 15% em consultas especializadas e em profissionais de nível superior.