A ministra Rosa Weber encerrou seu mandato como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (27) com um discurso enfático em defesa da democracia e dos direitos fundamentais. Em seu pronunciamento, a ministra, que completará 75 anos na próxima segunda-feira, destacou a importância da memória institucional, recordando os ataques ocorridos em 8 de janeiro, e ressaltou a resistência das instituições diante das ameaças à democracia.
Rosa Weber classificou o 8 de janeiro como um “dia sombrio” para a democracia brasileira e enfatizou que ele não deve ser esquecido, para que a memória institucional seja preservada e tais eventos não se repitam. Ela também lembrou da travessia da Praça dos Três Poderes, que reuniu os chefes dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo no dia seguinte aos ataques, demonstrando a resistência, resiliência e solidariedade das instituições.
A ministra salientou que a democracia se mostrou inabalável diante dos desafios e destacou a necessidade de defesa contínua da democracia constitucional e do aperfeiçoamento das instituições democráticas. Além disso, ela fez um apelo pelo combate ao discurso de ódio e pelo avanço civilizatório, que inclui tanto a promoção dos direitos fundamentais quanto o desenvolvimento econômico.
Rosa Weber também relembrou que foi apenas a terceira mulher a integrar o STF, sucedendo a ministra Ellen Gracie e a ministra Cármen Lúcia. O ministro Gilmar Mendes, decano do STF, prestou homenagem à ministra, destacando seu papel fundamental durante a crise dos atos antidemocráticos e dos ataques à Suprema Corte, elogiando sua dedicação à democracia.
