Representantes da indústria de SC entregam a Bolsonaro propostas para mais competitividade e retomada do emprego em 2022

Célio Bayer (último à direita), vice-presidente da Fiesc no Vale do Itapocu, integrou comitiva de lideranças a Brasília | Foto: Divulgação/Assessoria Imprensa Fiesc

Por: Áurea Arendartchuk

07/12/2021 - 16:12 - Atualizada em: 07/12/2021 - 16:48

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) entregou nesta terça-feira (7) ao presidente Jair Bolsonaro documento com 44 propostas para a retomada da indústria e do emprego em 2022.

Representantes da indústria, liderados pelo presidente da CNI Robson Braga de Andrade, se encontraram no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), durante evento organizado pela entidade. O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, e o vice-presidente regional da Fiesc no Vale do Itapocu, Célio Bayer, que preside a Câmara de Desenvolvimento da Micro e Pequena Indústria, integraram a comitiva.

Os projetos são das áreas de tributação, eficiência do estado, financiamento, infraestrutura, meio ambiente, inovação, educação, comércio exterior, relações de trabalho e micro e pequenas empresas.

O presidente da CNI explica que, nos últimos 10 anos, a indústria de transformação brasileira encolheu, em média, 1,6% ao ano. Perdeu espaço no PIB brasileiro e na produção mundial, nas exportações brasileiras e nas exportações mundiais de manufaturados. E, ao longo de 2021, a produção da indústria tem sofrido quedas constantes e, nesse último trimestre, há sinais de perda de ritmo da atividade econômica.

“As disfunções enfrentadas diariamente pelas empresas afetam com mais intensidade os fabricantes de bens de capital e de produtos de consumo duráveis, que são segmentos dinâmicos, de maior complexidade tecnológica e com impacto significativo sobre a produtividade e no emprego. Em dez anos, a participação desses ramos no valor adicionado da indústria de transformação recuou de 24% para 19%”, explica o presidente da CNI.

Além disso, os problemas decorrentes da pandemia ainda persistem, como os desarranjos nas cadeias produtivas, que resultam em escassez de insumos e matérias-primas e elevações de preços no mercado global. E os setores produtivos dependem do consumo das famílias, que ainda sofrem o impacto do alto nível de desocupação e da corrosão da renda pela inflação.

“Os desafios são muitos, a agenda é complexa e não existe uma única medida que leve o País para onde desejamos. A agenda precisa ser tratada em conjunto para que alcancemos a meta de uma economia forte, com crescimento estável e bem-estar social”, afirma Robson Andrade.

O documento foi elaborado com base em subsídios das Federações Estaduais de Indústria, das Associações da Indústria, da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) e de reuniões com empresas coletados durante o ano e refinados em reuniões dos Fóruns e Conselhos Temáticos da CNI e do Fórum Nacional da Indústria (FNI).

As primeiras 19 são propostas que podem ser adotadas diretamente pelo governo federal nas áreas tributária, de eficiência do Estado, financiamento, infraestrutura, meio ambiente, inovação, comércio exterior e relações do trabalho.

As demais 25 propostas envolvem a participação do Congresso Nacional. São propostas nas áreas tributária, de eficiência do Estado, financiamento, infraestrutura, meio ambiente, inovação, educação, relações do trabalho e para as micro e pequenas empresas.

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Fiesc