Regras podem dificultar discurso contra políticos na rede

Por: OCP News Jaraguá do Sul

04/02/2016 - 10:02 - Atualizada em: 05/02/2016 - 10:38

As mídias digitais devem ser o principal ambiente para o marketing político nas eleições municipais deste ano, com a definição de teto para gastos da campanha. Em Jaraguá do Sul, por exemplo, o limite para candidaturas a prefeito é de R$ 179 mil e para vereador, de R$ 18 mil. E são principalmente as redes sociais que mais desafiam os políticos, pois na internet as figuras tem sido alvo constante de críticas.

“Eu mesmo sou exemplo, fui muito criticado, chamado de muitas coisas por uma pessoa, as pessoas ouviram e começaram a espalhar as ofensas. Isso vira bagunça porque as pessoas não acompanham nem o que acontece na Câmara da cidade e querem dar até opiniões com o que acontece no país”, avaliou o vereador Jeferson de Oliveira (PSD). O parlamentar afirma que as críticas “para somar” são bem-vindas, mas defende a penalização e a retirada de publicações que trazem prejuízos à imagem.

O debate em âmbito nacional foi aquecido com a posição do procurador parlamentar e deputado federal Claudio Cajado (DEM-BA), que prometeu a criação de um projeto para acelerar a identificação e punição de pessoas que criam páginas na internet com conteúdo agressivo. A lei, que não chegou a ser apresentada, seria voltada para coibir crimes praticados anonimamente. A ideia muda o Marco Civil da Internet ao obrigar os grandes provedores e empresas de internet a adotarem uma política específica para analisar com rapidez denúncias de ofensa contra parlamentares e demais usuários.

Adepto do contato com os eleitores pelas redes sociais, o vereador Pedro Garcia (PMDB) considera que durante a campanha a ferramenta é utilizada negativamente, mas avalia que a conduta política rege o resultado. “Tento não deixar margem para ninguém falar, e quando vem crítica eu tento expor fatos e conversar. Busco fazer tudo com fundamento”, diz.

O vereador José Osório de Ávila (SDD) diz preferir não utilizar a rede pela “falta de respeito” que se espalha pela internet. “Eu vejo de forma maldosa, você pode curtir coisas boas e deixar as coisas ruins”, argumenta.