Recordistas de votos e mandatos e outros detalhes dos deputados estaduais eleitos em SC

Plenário Deputado Osni Régis FOTO: Solon Soares/Agência AL

Por: Elissandro Sutil

04/10/2022 - 08:10 - Atualizada em: 04/10/2022 - 08:45

Nas eleições gerais realizadas neste domingo (2), a deputada Ana Campagnolo (PL) foi a mais votada para a Assembleia Legislativa. A parlamentar garantiu a reeleição com a maior votação da história para o legislativo estadual: 196.571 votos.

Dos 40 atuais deputados da Alesc, 24 foram reeleitos, o que determina uma taxa de 40% de renovação no plenário do Palácio Barriga Verde. Entre os parlamentares que permanecem na Casa, Julio Garcia (PSD) será o mais experiente, chegando ao sétimo mandato. Em termos de mandatos consecutivos, o recordista é Padre Pedro Baldissera (PT), com seis mandatos. Ele tomou posse em 1º de fevereiro de 2003 e pode permanecer na Alesc até 31 de janeiro de 2027.

Renovação

Dos 40 deputados eleitos neste domingo (2) para a Assembleia Legislativa, 16 deles conquistaram seu primeiro mandato para o Legislativo catarinense. Os outros 24 foram reeleitos para mais um mandato.

Dos 16 novatos, dois já exerceram mandato como suplentes na Alesc: Carlos Humberto (PL), por 60 dias em 2020, e Pepê Collaço (PP), que esteve na Assembleia também por 60 dias neste ano.

Os outros 14 estarão pela primeira vez no Parlamento estadual. Quatro deles nunca tiveram outro cargo eletivo, ou seja, estarão pela primeira vez no exercício de um mandato: Mario Motta (PSD), Egídio Ferrari (PTB), Matheus Cadorin (Novo) e Sérgio Guimarães (União).

Partidos

Treze partidos conquistaram vaga para a Assembleia em 2023. Este número é recorde na história do Parlamento estadual, e supera a marca anterior, que era de 12, registrada nas eleições de 2018.

O PL terá a maior bancada, com 11 cadeiras. É a primeira vez na história da Alesc que o PL elege o maior número de deputados, posição que, desde 1982, foi ocupada apenas por MDB e PP.

O MDB elegeu o segundo maior número de deputados: seis, ao todo. O PT conquistou quatro vagas e terá a terceira maior bancada.

Psol e Novo elegeram, pela primeira vez, deputados para a Alesc. Os dois partidos já tiveram parlamentares na Casa, mas eles foram eleitos por outros partidos e, já no exercício do mandato, migraram para Psol e Novo.

Partidos que elegeram deputados para a próxima legislatura da Assembleia:

PL – 11 cadeiras
MDB – 6 cadeiras
PT – 4 cadeiras
Podemos – 3 cadeiras
PP – 3 cadeiras
PSD – 3 cadeiras
União Brasil – 3 cadeiras
PSDB – 2 cadeiras
Novo – 1 cadeira
PDT – 1 cadeira
Psol – 1 cadeira
PTB – 1 cadeira
Republicanos – 1 cadeira

Representação feminina

O número de deputadas na próxima legislatura caiu no comparativo com a atual composição da Alesc. Em 2018, foram eleitas cinco mulheres. Na eleição deste domingo, foram três. A última vez que o Parlamento catarinense elegeu esse número foi em 2006.

A bancada feminina dificilmente deve aumentar de tamanho no decorrer da próxima legislatura, porque entre os primeiros suplentes dos partidos que elegeram parlamentares para a Alesc há poucas mulheres. Uma das exceções é o PT, que tem como primeira suplente Vanessa da Rosa.

Idade

A média de idade da próxima legislatura ficou maior do que aquela que assumiu a Assembleia em 2019. Na ocasião, a média era de 50,5 anos. Em 2023, no dia da posse, será de 51,1 anos.

Em 1º de fevereiro do ano que vem, quando se iniciar a nova legislatura, a deputada Ana Campagnolo (PL) prosseguirá a mais jovem, com 32 anos. Já o mais idoso será Julio Garcia (PSD), com 72 anos.

Profissões

Os empresários e os advogados estão entre as profissões mais representadas na próxima legislatura da Alesc. Nesta eleição, oito eleitos declararam ser empresários, enquanto outros oito se declararam advogados.

O Parlamento contará, ainda, com quatro jornalistas, duas professoras, dois engenheiros agrônomos, entre outras profissões.

Vereadores e vice-prefeitos

Dois vice-prefeitos e três vereadores foram eleitos no último domingo. Carlos Humberto, vice-prefeito de Balneário Camboriú, e Edilson Massocco, vice-prefeito de Concórdia, ambos do PL. Além deles, os vereadores Marquito (Psol), de Florianópolis; Marcos da Rosa (União), de Blumenau; e Estener Soratto Jr. (PL), de Tubarão. Todos deverão renunciar aos seus mandatos para tomar posse na Alesc em fevereiro do ano que vem.

Além deles, dois ex-prefeitos, que renunciaram ao mandato neste ano para poderem disputar a eleição, conquistaram uma cadeira na Assembleia: Antídio Lunelli (MDB), de Jaraguá do Sul, e Oscar Gutz (PL), de Pouso Redondo.

Diplomação e posse

Com a proclamação do resultado de senador, dos deputados estaduais e federais eleitos, na noite deste domingo (2), a Justiça Eleitoral passa, a partir desta segunda-feira (3), a analisar as contas das campanhas dos candidatos. Caso não ocorram problemas com os eleitos, a diplomação deve acontecer até o dia 19 de dezembro, em horário a ser definido.

Para os cargos de presidente e vice-presidente da República, bem como de governador, que ainda disputam o segundo turno em 30 de outubro, a posse ocorre em 1º de janeiro de 2023. Deputados federais, estaduais e o senador eleitos no domingo assumem os mandatos em 1º de fevereiro do próximo ano.

Conforme o tribunal, o primeiro turno das eleições transcorreu com tranquilidade em todo o estado. Foram registrados somente 30 procedimentos de crimes eleitorais durante o dia, enquanto que, em 2020, foram 202 ocorrências. As principais ocorrências foram boca de urna, propaganda irregular e derrame de santinhos, todos os casos lavrados com Termo Circunstanciado e encaminhados. Não houve casos de maior gravidade.

Com informações da Alesc.

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