“Quem está no regime semiaberto hoje é a sociedade”, afirma Gelson Merisio

Por: OCP News Jaraguá do Sul

17/11/2017 - 06:11 - Atualizada em: 18/11/2017 - 08:00

Conhecido por não poupar palavras duras quando o problema é sério, o deputado estadual Gelson Merisio (PSD) criticou nessa semana a situação da Segurança. “O Brasil e Santa Catarina têm uma decisão urgente para tomar. Ou vão conviver com o crime organizado por décadas ou têm que enfrentá-lo agora, de forma dura e definitiva”, afirmou Merisio. “Estamos em guerra contra a criminalidade. Precisamos reconhecer para, enfim, começarmos a ganhar”.

O deputado e pré-candidato a governador traça um paralelo com outros estados para mostrar como os catarinenses ainda podem fazer uma opção por um caminho diferente. A situação atual seria um limiar, em que ainda é possível reverter a atual tendência de aumento nos índices de violência.

“O Rio de Janeiro tem hoje 49 homicídios para cada 100 mil habitantes. O Rio Grande do Sul tem 28. Santa Catarina, 12. O limite máximo preconizado pela ONU é 10, o que quer dizer que já passamos o limite. Precisamos enfrentar o problema, como sociedade, com prioridade, com investimento no número de policiais, valorização dos profissionais e muito mais tecnologia”, defende.

Merisio é autor de cinco projetos de lei para a Segurança na Assembleia Legislativa. As propostas passam por dobrar o número de policiais nas ruas, por meio de um modelo de parcerias hoje já aplicado nos Estados Unidos e também pela aplicação de uma maior tecnologia nos processos das forças de segurança. Um dos exemplos mais citados por Merisio é a integração das câmeras de vigilância públicas com as da iniciativa privada, aumentando exponencialmente o alcance das áreas monitoradas. Hoje, a polícia tem cerca de duas mil câmeras. Esse número passaria a ser de dezenas de milhares de câmeras apenas com o compartilhamento de informações.

“Ou o bandido se sente acuado, pressionado a sair desse sistema do crime, ou seremos reféns dos nossos muros, trancafiados em nossas residências. Quem está no regime semiaberto é a sociedade. As pessoas passam o dia em liberdade condicional e são obrigadas a se trancafiar em casa durante a noite, com medo. Isso é incompatível com um Estado como Santa Catarina pela sua organização, pela sua gente de bem”, defendeu Merisio.

*Com informações da assessoria de imprensa