Putin estabelece seus termos para discutir paz na Ucrânia

Foto: Pixabay/DimitroSevastopol

Por: Pedro Leal

14/06/2024 - 15:06

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (14) que o uso dos rendimentos dos ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia é um roubo e prometeu uma resposta, e estabeleceu as suas condições para um cessar-fogo e iniciar negociações de paz com a Ucrânia.

As informações são da BBC.

As declarações vem depois que líderes de países que formam o G7 se reuniram na Itália, nesta quinta-feira (13), e anunciaram um empréstimo à Ucrânia de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 270 bilhões), usando juros gerados por ativos russos congelados pelo Ocidente. O anúncio foi feito pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

Putin disse que assinaria um acordo “amanhã” caso a Ucrânia retirasse suas tropas das regiões de Zaporizhzhia, Kherson, Donetsk e Luhansk, cedesse as regiões para a Rússia e desistisse de se unir à Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Se a Ucrânia aceitasse esses termos, a Rússia iria parar de atacar e começar a negociar, segundo Putin.

Quase 300 bilhões de euros (R$ 1,75 trilhão) de ativos russos foram congelados pelos aliados ocidentais desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Os rendimentos desse dinheiro vão financiar um empréstimo de US$ 50 bilhões (R$ 268 bilhões) para que a Ucrânia possa comprar armas e se reconstruir o país em guerra.

“Apesar de todas as trapaças, roubo continua sendo roubo e não ficará impune”, declarou o presidente russo a funcionários do Ministério das Relações Exteriores.

Os comentários foram dados à véspera de uma cúpula na Suíça, onde mais de 90 países e organizações devem discutir um possível caminho para a paz na Ucrânia.

A Rússia não foi convidada e diz que a reunião é uma perda de tempo.

A Rússia controla quase um quinto do território ucraniano no terceiro ano da guerra, e a Ucrânia diz que a paz só pode ser baseada na retirada total das forças russas e na restauração de sua integridade territorial.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).