Processos referentes a campanha eleitoral de 2014 do PT-SP somam mais de R$ 45 milhões

Foto: Freepik

Por: Pedro Leal

12/06/2023 - 09:06 - Atualizada em: 12/06/2023 - 09:38

Passados mais de oito anos, o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores em São Paulo (PT-SP) possui pelo menos 35 ações em discussão na Justiça relacionadas à cobrança de serviços prestados e não pagos para a campanha eleitoral de 2014.

As informações são da Gazeta do Povo. Segundo o jornal, no total, elas somam R$ 45,9 milhões. A pesquisa excluiu, ainda, ações que estão em segredo de justiça.

Entre as partes que moveram as ações judiciais contra o PT-SP, estão prestadores de serviço como gráficas, assessoria de imprensa, assessoria jurídica, serviços de filmagem, realização de peças publicitárias, páginas de website e conteúdos para redes sociais, assistência técnica e aluguel de caminhões.

As empresas foram contratadas para as campanhas de candidatos como Dilma Rousseff, à reeleição para presidência, Alexandre Padilha, que concorreu a governador de São Paulo, bem como à deputados estaduais e federais por São Paulo.

A ação de maior valor totaliza R$ 20.018.971,18 em dívidas, movida pela empresa Fg Marketing Eleitoral. De acordo com o processo, além de criar peças gráficas em geral, jingles e materiais promocionais, ela foi “responsável pela concepção e planejamento estratégico da campanha publicitária e a criação, produção e gravação dos Programas e Comerciais avulsos de televisão e rádio”, “exibidos durante o Primeiro Turno das eleições no espaço reservado à Coligação ‘Para Mudar de Verdade’, do Partido dos Trabalhadores (PT) e seus coligados”, para a campanha de Alexandre Padilha.

Uma ação semelhante, movida pela Vg Marketing Eleitoral, questiona R$ 6.428.397,15 relativos aos mesmos serviços da anterior, porém a candidatos a deputado estadual e federal.

Já entre as ações de menor valor, está a movida pela empresa Monte Fuji Transporte e Turismo Ltda, no valor de R$ 14.642,94. De acordo com a ação movida, a empresa foi contratada para “fornecer os ônibus em perfeitas condições, cumprir o itinerário predeterminado pelo tomador e ainda responder pelos eventuais danos causados aos passageiros durante o percurso”.

Em nota, o diretório estadual do PT-SP respondeu que “o partido contestou o valor devido e perdeu parte das ações” e que “os débitos já reconhecidos pela justiça ainda não foram quitados porque as doações recebidas foram insuficientes”. Além disso, afirmou que “o partido tem, caso a caso, atuado para saldar as dívidas.”

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).