Prefeito de Corupá corta seis cargos de confiança e 46 funções gratificadas

Medida foi tomada para economizar recursos diante da queda de repasses federais e estaduais | Foto Eduardo Montecino / Rede OCP News

Foto Eduardo Montecino / Rede OCP News

Por: Elissandro Sutil

30/05/2018 - 09:05 - Atualizada em: 31/05/2018 - 11:38

Prevendo queda de arrecadação no município, o prefeito de Corupá, João Carlos Gottardi (PP), decidiu cortas seis cargos comissionados de segundo escalão da Prefeitura e mais 46 funções gratificadas, concedidas ainda na gestão anterior. Com a redução, a administração municipal deve economizar cerca de R$ 50 mil por mês.

Segundo Gottardi, desde o ano passado a Prefeitura vem sofrendo com a diminuição de repasses dos governos federal e estadual, deixando os municípios sobrecarregados para dar conta de atender à demanda.

“[A falta de repasse] dificulta em tudo, porque usamos nossos recursos próprios para fazer frente ao custeio, por exemplo, de remédios”, diz Gottardi.

Governo interrompeu repasse

Ele informa que desde março do ano passado o governo estadual deixou de repassar recursos para a compra de medicamentos. Já o governo federal teria interrompido o repasse neste ano.

“Isso é para todos os municípios, e nós [prefeitos] cobramos isso, seja na marcha dos prefeitos, seja ao governo do Estado”, afirma.

Diante dessa dificuldade, que deve ser agravada pela paralisação dos caminhoneiros – cujos efeitos devem ser sentidos dentro de dois a três meses na previsão do prefeito -, Gottardi decidiu promover os cortes nesta segunda-feira (29), para economizar.

A redução do quadro foi feita depois de levantamento e conversa com todos os secretários e conforme o prefeito “foi preciso um sacrifício em todas as secretarias”.

Novos cortes

Entre os cargos comissionados, foram cortadas funções como diretores, gerentes e chefes. O governo ainda deve fazer novo estudo para avaliar novos cortes.

Com a redução no quadro, a folha de pagamento da Prefeitura, que gira em torno de 50% em relação à receita corrente líquida, cairá cerca de 2% a 2,5%.

“Poderíamos chegar a 54% [de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal], mas não quero chegar a esse ponto”, destaca Gottardi, antevendo que a situação financeira ainda continuará difícil pelos próximos meses.

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