O pré-candidato à presidência pelo partido Novo, o cientista político Felipe d’Avila vem a Santa Catarina na próxima semana para apresentar seu projeto político para as eleições deste ano.
Ele chega a Santa Catarina na quinta-feira (24) e aqui no Estado vai participar de reuniões, encontros com autoridades e empresariado e até relançar um de seus livros, escrito em 2017. D’Ávila tem compromissos agendados em Itajaí, Balneário Camboriú, Blumenau, Joinville e Jaraguá do Sul, nestes dois últimos que tem um diferencial pela presença significativa do Novo.
Na maior cidade do Estado, Joinville, o partido tem como representante o prefeito Adriano Silva e a vice Rejane Gambin e mais três vereadores na Câmara, e em Jaraguá do Sul, a sigla tem dois vereadores eleitos demonstrando a força da sigla.
O nome de d’Ávila para concorrer ao cargo de presidente surgiu em novembro do ano passado. A primeira vez que o Novo teve um candidato à presidência foi em 2017 quando o empresário João Amoêdo, também um dos fundadores do partido, concorreu.
O pré-candidato à Presidência da República pelo partido Novo, Felipe d’Avila, já definiu as diretrizes ambientais do seu programa de governo. As medidas criam um mercado de carbono nacional para que o Brasil se torne um país de carbono neutro no médio prazo.
Enquanto no mundo inteiro mais de 80% das emissões de carbono estão relacionadas ao emprego de combustíveis fosseis, no Brasil 72% das emissões estão relacionadas ao uso da natureza. “Nesse cenário torna-se absolutamente evidente que o caminho para a economia de carbono neutro passa principalmente pela mudança radical no tratamento da natureza”, avalia d’Avila.
As medidas previstas no programa – de combate ao desmatamento, melhoria ambiental na pecuária e nas lavouras e de aumento da silvicultura -, deverão provocar uma redução de 70% nas emissões totais brasileiras nos próximos quatro anos em relação aos 1,52 bilhões de emissões líquidas registrados em 2020 (dados mais recentes), o que significa cerca de 900 milhões de toneladas a menos. Com isso, elas cairiam dos atuais 2,17 bilhões de toneladas para 651 milhões de toneladas, atraindo investimento externo para impulsionar a retomada do crescimento econômico e reconquistando a credibilidade internacional.
Entre as medidas previstas está a criação de um sistema doméstico de green bonds (títulos verdes) que permitirá fixar carbono em áreas degradadas e pequenas propriedades, remunerando as famílias mais pobres que vivem no campo ao plantar árvores em 3 milhões de hectares. A outra parte do programa está voltada para o combate ao desmatamento por meio de embargo automático e anistia zero para grilagem de terras; expansão de programas existentes para recuperação de pastagens e agropecuária sustentável (integração pastagem, lavoura e floresta) e estímulo a silvicultura.
Outro ponto do programa de governo prevê que a Petrobras passe a pagar pelo carbono que emite, nos moldes das grandes petroleiras ocidentais, cujos títulos financiarão os projetos brasileiros de fixação de carbono. Ainda propõe um programa coordenado de privatizações, cuja receita será usada como investimentos – estimados em R$ 26 bilhões – com o objetivo de projetar a liderança do Brasil no mercado de carbono neutro.
“Ao buscarmos com afinco sermos a primeira grande nação carbono neutro, transformaremos o Brasil num dos lugares mais atraentes para investir e recuperaremos nossa credibilidade. Seremos parte ativa de uma revolução já em curso no mundo, onde o Brasil terá o protagonismo e credibilidade reconquistados”, frisa d’Avila.
Para ele, a regulamentação dos mercados de carbono transformará em atividades de ponta empreendimentos como manutenção e plantio de florestas, preservação de nascentes e rios e incremento da eficiência energética das habitações e cidades.
“10 Mandamentos – do País que Somos para o Brasil que Queremos”
Durante visita cinco cidades catarinenses, Felipe d’Ávila também vai relançar seu livro “10 Mandamentos – do País que Somos para o Brasil que Queremos” (editora Almedina Brasil).
Publicado pela primeira vez em 2017, o livro de d’Avila define claras diretrizes políticas de um projeto liberal de gestão para o País, calcado na recuperação da credibilidade econômica e da cidadania, da formação intelectual e técnica de novas lideranças políticas e de gestores públicos.
À frente do Centro de Liderança Pública (CLP) durante 13 anos – e afastado desde 2021 – d’Avila promoveu, por meio da organização, a formação de mais de 5 mil pessoas e aposta no tema da gestão pública para promover o debate sobre os projetos de governo entre os pré-candidatos.
Entre os Mandamentos de d’Avila estão a meritocracia no serviço público, abertura econômica, descentralização do poder (“o verdadeiro federalismo”) e cidadania participativa. Em contraponto ao projeto liberal proposto pelo Novo, o pré-candidato a presidente analisa a obsolescência e precariedade dos projetos nacionais estatistas ao longo do século passado e a tortuosa trajetória política do Brasil na transição para a modernidade.
O relançamento do livro, em um ano eleitoral particularmente decisivo para o país, deve atrair a atenção daqueles que almejam que o Brasil volte a ser internacionalmente reconhecido como uma nação democrática robusta, autônoma e intransigente no combate à corrupção. A partir de uma nova geração de pessoas que participam da vida pública no país, d’Avila discute como é possível superar o aparelhamento do Estado praticado por “gangues ideológicas e amorais”.
Quem é Felipe d’Avila
É formado em ciências políticas pela Universidade Americana em Paris e tem mestrado em
administração pública pela Harvard Kennedy School. Felipe d’Avila é fundador e publisher do VirtuNews, um site de jornalismo baseado em dados e fatos. Foi também o criador do Centro de Liderança Pública (CLP), uma organização suprapartidária que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes públicos para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil. Desde sua fundação em 2008, o CLP defende um Estado Democrático de Direito eficiente.
Em 1996, fundou a Editora D’Avila, responsável pela publicação das revistas República, uma revista de política, e Bravo, que foi a maior revista cultural do país. A Bravo foi vendida para a Editora Abril, onde Luiz Felipe tornou-se diretor superintendente (2002-2006). É autor de vários livros de história e política. Dentre eles, destacam-se Os Virtuosos e Caráter e Liderança – Nove Estadistas que Construíram a Democracia Brasileira e os 10 Mandamentos, Do País que somos para o Brasil que queremos.
SERVIÇO:
Agenda pré-candidato do Novo Felipe d’Ávila em SC:
Itajaí e Balneário Camboriú 24/3
9:25 – chegada em Navegantes
10h – ACII – palestra, do país que somos para o Brasil que queremos
12h – Almoço com filiados/apoiadores e jornalistas, Águas da Brava
14h15 – Encontro com empresários e entidades
Blumenau 24/3
19h – Lançamento do livro no Neumarkt Shopping
21h – Jantar com apoiadores e filiados (por adesão)
12h – Almoço com convidados.
Jaraguá do Sul 25/3
Das 15h às 17h – Entrevistas em veículos de imprensa
17h – Lançamento do livro no Jaraguá do Sul Park Shopping (bate-papo sobre o livro e sessão de autógrafos)
19h – Jantar com filiados e apoiadores
Joinville 26/3
10h – Encontro Estadual com a presença do presidente nacional Eduardo Ribeiro, do presidente estadual Eduardo Ribeiro, do prefeito Adriano Silva e dos deputados Gilson Marques, Marcel Van Hattem e Bruno Souza, além de vereadores do Novo e representantes de diretórios municipais
17h – Partida para Curitiba