A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou a indicação de Gabriel Galípolo para presidente do Banco Central. Foram 26 votos favoráveis e nenhum contrário. A indicação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, segue agora para o Plenário, em regime de urgência, para ser apreciada nesta tarde.
Se aprovado pelo Senado, Galípolo assumirá o Banco Central a partir de 1º de janeiro de 2025, com mandato até o final de 2028.
O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), destacou que todas as perguntas feitas ao indicado para a Presidência do Banco Central foram respondidas de forma equilibrada por Galípolo. O senador também afirmou que a escolha do economista para o cargo significa a tranquilidade de que a instituição será muito bem conduzida.
A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) perguntou para Galípolo se ele tem ideia de quanto o Tesouro gasta, mensalmente, com a remuneração das sobras de caixa dos bancos. Zenaide afirmou que os bancos não têm interesse em emprestar dinheiro porque o Banco Central remunera essas instituições, no mínimo, com os valores da taxa Selic. Segundo ela, essa é uma prática que prejudica o setor produtivo do país, uma vez que os bancos não têm interesse em emprestar.
“A sobra de caixa é aquela operacionalização da política monetária. Os bancos fazem a intermediação do processo de enxugar liquidez do sistema por meio das compromissadas, com títulos públicos. Então a maneira de você regular quanto de liquidez há no sistema é por este caminho da remuneração, esse é um instrumento que todos os bancos centrais no mundo utilizam para conduzir a política monetária e, a partir das expectativas de inflação, se equilibra a taxa de juros e há a determinação da remuneração dessas sobras que existem no sistema” explicou Galípolo.