Plenário | “É preciso separar o joio do trigo”, diz Natália Petry sobre crise no PMDB

Eduardo Montecino/OCP

Por: Elissandro Sutil

18/10/2017 - 14:10 - Atualizada em: 18/10/2017 - 14:46

Em que medida o desgaste do PMDB nacional irá influenciar nas candidaturas locais… Essa é uma reflexão constante no meio político depois de todas as manchetes e denúncias envolvendo um esquadrão de peso da sigla que está instalada de uma maneira ou de outra no comando do país desde a redemocratização. Embora admita que a situação é quase tão complicada como a do PT, a presidente do partido em Jaraguá do Sul, Natália Lúcia Petry, acredita que o eleitor catarinense saberá separar o ‘joio do trigo’ no compromisso com as urnas no próximo ano.

“Diferentemente de Brasília, em Santa Catarina e em Jaraguá do Sul não há ninguém do partido envolvido em escândalos. Mesmo que a sigla nacionalmente nos envergonhe de alguma maneira, precisamos levar para comunidade a importância de separar o joio do trigo. Nosso presidente estadual já defendeu publicamente, inclusive, a renúncia dos membros da executiva nacional envolvidos na Lava Jato, mostrando que não concorda com o que está acontecendo”, cita Natália, fazendo referência à posição do deputado federal e pré-candidato ao governo do Estado, Mauro Mariani.

Segundo a previsão da vereadora licenciada, a força do 15, maior partido em número de filiados no município e no Estado e também com maior número de prefeitos e vereadores, pesará na balança e minimizará os impactos dos acontecimentos registrados na capital do país. Natália também não acredita que os outros partidos possam tirar vantagem da situação e avalia que o telhado de vidro do PSD, então aliado no comando de Santa Catarina, mas provável adversário nas urnas em 2018, é ainda mais frágil.  “O próprio governador teve o nome citado. Ele e o Merisio (pré-candidato ao governo do Estado), sim, vão ter que se explicar.”

A cada dia que passa uma nova movimentação no tabuleiro, mesmo que até agora discreta e calculada, acontece. A verdade é que nem PT, nem PMDB e nenhum dos principais partidos do país, seja o PSD ou o PSD, passou incólume ao terremoto de corrupção. Nesse cenário de incerteza e desconfiança, os caciques das principais siglas fazem suas apostas e blefes por meio da imprensa.

Por aqui, a atenção está também nas decisões estaduais, que terão reflexos nas alianças embora algumas questões locais possam se sobressair como a proximidade entre PMDB e PP e a possível dobradinha entre Carlos Chiodini e Dieter Janssen. Entretanto, as tratativas entre PMDB e PSDB podem levar Chiodini a dividir palanque também com Vicente Caropreso, deixando o cenário ainda mais confuso.

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