O senador catarinense Paulo Bauer (PSDB) tentou explicar por meio das suas redes sociais o voto em favor da manutenção do mandato do correligionário, o senador mineiro Aécio Neves, denunciado por corrupção passiva e obstrução da Justiça, cujo afastamento da função parlamentar havia sido determinado pela 1ª turma do Supremo Tribunal Federal (STF), decisão derrubada pelo Senado em votação ocorrida na terça-feira (18) passada.
Porém, ao que tudo indica, a estratégia do senador não deu muito certo. Os eleitores não engolem mais tanto corporativismo da classe política, que teima em virar as costas para o anseio de mais ética com a coisa pública. Entretanto, vale lembrar que Bauer foi só um dos 44 votos pela salvação do mandato de Aécio. Na próxima semana, o farol será direcionado à Câmara dos Deputados, onde mais uma denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) deve ser arquivada, no já previsto e ensaiado ‘grande acordo’.
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Para garantir o voto de Aécio, Bauer compareceu ao Senado de ambulância. Os demais senadores esperaram que ele chegasse para encerrar a votação, que terminou com 44 votos a favor de Aécio e 26 contra. Logo depois, ele retornou ao Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), onde passou a noite. Foi liberado na quarta-feira (18) e dirigiu-se a São Paulo, para novos exames médicos, aos cuidados do cardiologista Roberto Kalil.
Além de Bauer, os outros dois senadores de Santa Catarina, Dário Berger (PMDB) e Dalírio Beber (PSDB) também votaram a favor de Aécio alegando que é a questão é “institucional”.