A briga pelas indicações às candidaturas ao governo do Estado e as consequentes formações de alianças ganharam episódios interessantes esta semana. Primeiro, as medidas anunciadas pelo governador em exercício Eduardo Pinho Moreira (MDB), que incluíram a desativação de 15, das 36, Agências Regionais.
No contra-ataque, o pré-candidato pelo PSD, deputado estadual Gelson Merisio, não poupou críticas e disse que a manobra era como colocar aerofólio em uma Kombi. Merisio defende desde 2015 a extinção total das estruturas chamadas originalmente de Secretarias Regionais e idealizadas por Luiz Henrique da Silveira. O deputado diz que elas servem apenas para empregar apadrinhados políticos.
Na sequência veio a divulgação de uma entrevista de Pinho Moreira a uma emissora de Criciúma. Nela, o governador em exercício chama Merisio de um homem impulsivo, dominador e prepotente e que tenta colocar a sua candidatura goela abaixo: “até porque ele tinha um dinheiro ilimitado na área pública para isso, que era o cunhado, o secretário da Fazenda”. A entrevista foi divulgada nesta quinta-feira, mas segundo a assessoria de Pinho Moreira, foi gravada antes da posse.
As convenções acontecem somente em julho, mas os bastidores já estão a todo vapor. Pinho Moreira é da ala do MDB que ainda acredita na possibilidade de aliança com o PSD, a quem caberia indicar o vice.
