PGR vai agir contra apresentações de Roger Waters, promete Aras

Foto: Reprodução Facebook

Por: Pedro Leal

24/06/2023 - 12:06 - Atualizada em: 24/06/2023 - 12:37

A PGR vai entrar em ação se Roger Waters vestir o figurino que estiliza um uniforme nazista em sua turnê de despedida, “This is Not a Drill”, que apresentará no Brasil no fim do ano.

As informações são da Coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo.

Segundo o o colunista, a promessa foi feita por Augusto Aras em uma reunião realizada nesta sexta-feira (23) em Brasília com o advogado Ary Bergher, vice-presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e presidente do Instituto Memorial do Holocausto, sediado no Rio de Janeiro.

No dia 29 de maio, Bergher enviou ao Ministério da Justiça uma representação em que pede providências caso o ex-Pìnk Floyd apresente o seu espetáculo com essa vestimenta.

Aras disse a Bergher que vai instar os MPF das capitais em que o cantor se apresentará (Rio, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Curitiba e Belo Horizonte) para que tomem providências antecipadas para que não seja permitido o uso do uniforme.

Na quarta-feira, Bergher fez o mesmo pleito ao secretário nacional de Justiça. Augusto de Arruda Botelho.

Em maio, a turnê “This is Not a Drill” passou pela Alemanha e foi motivo de polêmica. A polícia de Berlim abriu uma investigação sobre o espetáculo. Uma apresentação em Frankfurt chegou a ser cancelada, mas o músico conseguiu na Justiça o direito de realizá-la.

O músico afirma que o figurino é parte de uma performance que critíca o fascismo e à intolerância – ela remete a ópera-rock “The Wall”, de 1979, cujo protagonista é levado pela paranóia, insegurança e indiferença a se ver como aquilo que mais odeia: um líder fascista.

Em um comunicado, afirmou que o show em Berlim despertou “ataques de má-fé” de pessoas que querem caluniá-lo por discordarem de suas posições políticas e de seus princípios morais. Destacou que os elementos questionados na performance são “uma declaração em oposição ao fascismo, injustiça e fanatismo em todas as suas formas”. E disse que continuará a “condenar a injustiça e todos aqueles que a cometem”.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).