PF cumpre mandados de prisão de foragidos do 8 de janeiro em SC e mais 17 estados

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Por: Pedro Leal

06/06/2024 - 15:06 - Atualizada em: 06/06/2024 - 15:20

Uma ampla operação para cumprir mandados de prisão de centenas de pessoas investigadas por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas, foi deflagrada, nesta quinta-feira (6), pela Polícia Federal (PF).

As diligências fazem parte da Operação Lesa Pátria, que desde o ano passado apura os responsáveis e executores pelos ataques e já teve 27 fases. Ao todo, são 208 mandados de prisão preventiva, no Distrito Federal e em 18 estados. Os alvos são pessoas foragidas ou que descumpriram medidas cautelares determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a PF, até as 10h desta quinta 45 investigados já haviam sido presas, nos estados de Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia, Paraná e no Distrito Federal. “A Polícia Federal continua realizando diligências para localização e captura de outros 163 condenados ou investigados considerados foragidos”, informou a instituição.

“Mais de duas centenas de réus, deliberadamente, descumpriram medidas cautelares judiciais ou ainda fugiram para outros países, com o objetivo de se furtarem da aplicação da lei penal”, acrescentou a PF.

Alguns dos alvos da operação são procurados após terem violado tornozeleiras eletrônicas.

Outros mandados miram um grupo de 10 pessoas que fugiram para países como a Argentina, entre eles três catarinenses – Angelo Sotero, de Blumenau, Gilberto Ackermann, de Balneário Camboriú, e Raquel de Souza Lopes, de Joinville; a PF solicitou a inclusão deles na lista de foragidos da Interpol.

Todos os mandados de prisão foram assinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que é o relator das investigações sobre os atos. Os alvos da operação desta quinta respondem pelos crimes de: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Da Agência Brasil

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).