Pessoas com fibromialgia terão prioridade de atendimento em Jaraguá

Vereadora Nina Santin Camello, a idealizadora dos projetos Rosicler da Silva e o vereador e Jair Pedri. | Foto: Divulgação/CMJS

Por: Elissandro Sutil

30/06/2021 - 11:06 - Atualizada em: 30/06/2021 - 11:21

As pessoas com fibromialgia, em Jaraguá do Sul, terão prioridade de atendimento em agências bancárias, estabelecimentos comerciais e órgãos públicos, além do direito de estacionar em vagas destinadas a pessoas com deficiência e idosos.

Essa mudança foi aprovada pela Câmara de Vereadores nesta terça-feira (29) em dois projetos de lei.

A intenção é facilitar a mobilidade daqueles que sofrem com as dores musculares causadas pela doença e também com a dificuldade de locomoção. Os dois projetos são de autoria dos vereadores Jair Pedri (PSD), Luís Fernando Almeida (MDB) e Nina Santin Camello (Progressistas).

O primeiro PL incluiu os fibromiálgicos na lei municipal n° 7.820/2018, que define prioridade no atendimento em estabelecimentos a pessoas idosas, com deficiência física, gestantes, portadoras de transtorno do espectro autista (TEA), ostomizadas e pessoas acompanhadas de crianças de colo.

A matéria também determina que “a condição da pessoa com fibromialgia será comprovada por laudo médico e/ou carteirinha de identificação que poderá ser emitida pelo município de Jaraguá do Sul mediante cadastro”.

O segundo PL determinou que as pessoas acometidas da enfermidade terão direito de parar seus veículos em vagas de estacionamento exclusivas para pessoas com deficiência e idosos.

A vereadora Nina Santin Camello é uma dessas pessoas que sofrem com a fibromialgia e deu o seu relato durante a sessão. Diagnosticada com a doença desde 2004, ela contou que administra sua rotina em meio a medicamentos, sessões de acupuntura e de fisioterapia, porém afirma que tudo é paliativo, pois a fibromialgia não tem cura.

“É saber conviver e gerenciar”, explica.

Jair Pedri, primeiro propositor da matéria, conta que a ideia veio de uma munícipe jaraguaense, Rosicler da Silva, que também sofre com a doença e é associada à Anfibro (Associação Nacional de Fibromiálgicos e doenças correlacionadas).

O parlamentar ressalta que, no Brasil, há quatro milhões de pessoas com fibromialgia e que não podem permanecer por muito tempo à espera de atendimento ou de uma vaga para estacionar.

Ele adverte que as pessoas acometidas da doença podem desenvolver depressão, crises de ansiedade e ainda precisam enfrentar o preconceito dos que dizem que a doença não existe, já que a fibromialgia é uma moléstia invisível.