Rejeição a Lula e Bolsonaro para concorrerem em 2026 diminui, mas maioria quer outro candidato
A nova rodada da pesquisa Quaest de intenções de voto para 2026 divulgada nesta quinta (17) mostra que diminuiu a rejeição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de concorrerem a um novo mandato. Até o momento, apenas o petista pode se candidatar novamente, já que Bolsonaro segue inelegível pela Justiça.
Por outro lado, a maioria dos entrevistados pela Quaest ainda prefere que Lula e Bolsonaro abram mão da candidatura para apoiar outro nome.
No caso de Lula, que vem sinalizando fortemente que vai se candidatar a um quarto mandato, 38% apoiam a tentativa à reeleição (eram 32% em maio), enquanto que 58% acham que ele não deveria disputar novamente (eram 66%).
Já para Bolsonaro, 28% acreditam que ele deve manter a candidatura mesmo ainda inelegível pela Justiça (eram 26% em maio). E 62% preferem que ele apoie outro candidato (eram 65%).
A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 10 e 14 de julho em 120 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 95%.
Embora mais da metade dos entrevistados diga que Bolsonaro deveria abrir mão da candidatura para apoiar ou nome, os eleitores se dividem em quem deve concorrer como oposição a Lula.
Entre os eleitores dele próprio, a preferência maior é por Michelle Bolsonaro (PL), com 33% da preferência, seguida pelo filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 22%. Já o candidato apontado como nome forte pela direita, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), a preferência é de 20%.
Por outro lado, para os eleitores da direita que não votam necessariamente em Bolsonaro, Tarcísio é o nome forte com 33% da preferência, seguido por Michelle (22%) e Ratinho Júnior (PSD) e Eduardo Bolsonaro, com 9% cada.
O cenário é semelhante entre os eleitores sem um posicionamento político específico entre Lula e Bolsonaro, com Tarcísio aparecendo com 10% da preferência. No entanto, neste cenário, Pablo Marçal (PRTB), que concorreu ao governo de São Paulo no ano passado, também tem uma alta preferência (10%). Já Michelle e Ratinho Júnior aparecem com 9% cada.
Em uma apuração geral de preferência da direita, Tarcísio tem 15%, Michelle 13%, Ratinho Júnior 9% e Eduardo Bolsonaro com 8%, empatado com Pablo Marçal.
Já um possível nome apoiado por Lula não foi apurado pela Quaest. Internamente e entre aliados, um nome forte seria o do ministro Fernando Haddad (PT), da Fazenda, que concorreu no lugar dele em 2018 – e perdeu para Bolsonaro naquele pleito.
* Com informações da Gazeta do Povo.