Na manhã desta sexta-feira (15), o prefeito de Guaramirim, Luís Antônio Chiodini (PP) foi até Florianópolis para se reunir com o secretário de Estado da Defesa Civil, João Batista Cordeiro Júnior, e discutir a grande prioridade do momento na região: as obras da SC-108.
Chiodini disse que na melhor das hipóteses, conseguindo eliminar o processo de licitação, as obras iniciarão apenas daqui 90 dias. “Não é uma resposta rápida e emergencial como a gente gostaria. Eu fico triste pelo tempo, mas feliz porque pela primeira vez temos algo de concreto”, relata.
O prefeito conta que foi feito um dossiê pela Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali), para mostrar a urgência dessa obra e o impacto que ela tem nos municípios da região, com o objetivo de enfatizar o decreto de estado de emergência.
“Sem o processo de licitação, a obra só vai começar daqui cerca de sete meses, isso se ninguém entrar com um mandato de segurança ou impugnação [ao edital]”, lamenta.
Entre as situações que Chiodini levantou na reunião está o perigo que as crianças correm ao ir à escola, devido ao fluxo intenso de veículos nas rotas alternativas.
Ele comentou ainda que os empresários e comerciantes situados às margens da SC-108 tem amargado prejuízos, podendo acarretar em portas fechadas e aumento de desemprego.

Fluxo intenso de veículos tem causado problemas nas ruas de Guaramirim | Foto Eduardo Montecino/OCP News
Além disso, Chiodini citou que a qualidade das estradas utilizadas como escape está sendo afetada e não há recurso disponível para investir em melhorias. “O dinheiro está acabando, estamos começando a ficar em estado crítico e não temos muita sobrevida”, destaca.
Na próxima semana, será realizado uma reunião com o Tribunal de Contas, a Amvali e prefeitos da região para discutir a dispensa da licitação e não deixar a obra se arrastar até o fim do ano.
Sem definição sobre modelo de obra
A expectativa era que a reunião acabasse com a definição do modelo de execução da obra, algo que não aconteceu. Segundo o prefeito, a Defesa Civil lançou a ideia de fazer um processo inovador, com um sistema de contenção aplicado em outros países.
“O projeto consiste em realizar a montagem de uma parede de concreto e depois é feito o preenchimento com pedra”, explica.
Antes de definir se o modelo é o ideal, é preciso saber se a técnica importada se aplicaria ao local. Outra alternativa que surge é contratar uma empresa especializada que detalhará o projeto e executará a obra.
Viagem a Brasília
Na próxima segunda-feira (18), Chiodini vai embarcar para Brasília e conversar com integrantes do governo federal. Ele pretende mostrar a situação de calamidade para que os moradores afetados com o deslizamento de terra possam retirar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Outra medida para ajudar as famílias da Vila Freitas foi discutida na conversa em Florianópolis. A Defesa Civil está estudando um processo normativo para adquirir casas de 40 a 50 metros quadrados que possam ser utilizadas pelos moradores mais carentes. “É uma medida para eles terem um lugar para morar sem despesas de aluguel”, completa.
Estiveram presentes na reunião de Florianópolis, os representantes da Amvali, da Prefeitura de Jaraguá do Sul e o secretário de Planejamento de Guaramirim, Jiuvani Assis Assing.
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