O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (9), durante o intervalo da sessão de depoimentos do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que não existem motivos para condená-lo.
As informações são do Jornal O Globo.
“Eu não tenho preparação para nada, não tem por que me condenar. Estou com a consciência tranquila. Quando falaram o tempo todo, “assinar o decreto…”. Não é assinar decreto, pessoal. Assinar um decreto de (estado de) defesa ou de sítio, o primeiro passo é convocar os conselhos da República e de Defesa. Não foi feito” disse Bolsonaro.
O ex-presidente também afirmou que não tem “problemas” com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.
Moraes mantém transmissão de interrogatórios de réus do 8 de janeiro
A corte iniciou nesta segunda-feira os interrogatórios dos réus do núcleo 1 da acusação levantada pela Procuradoria Geral da República.
Os depoimentos são conduzidos pelo relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes. O primeiro a falar é Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro.
Além de Moraes, o ministro Luiz Fux, integrante da Primeira Turma, também está presente e fará perguntas.
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Os interrogatórios ocorrem na sala da Primeira Turma do STF, e todos os réus participam presencialmente, com exceção do ex-ministro Walter Braga Netto, que está preso preventivamente, no Rio de Janeiro, e por isso acompanha por videoconferência.
Serão interrogados os oitos réus do primeiro núcleo da acusação. Além de Cid e Braga Netto, fazem parte do grupo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Anderson Torres (Justiça) e Paulo Sério Nogueira (Defesa), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o tenente-coronel Mauro Cid .
Os depoimentos estão marcados para ocorrer durante todos os dias desta semana. Caso haja necessidade, podem continuar na próxima semana.