Na CVJ, parecer contrário para criação de núcleo de apoio pedagógico é derrubado em plenário

Por: Windson Prado

15/02/2018 - 10:02 - Atualizada em: 16/02/2018 - 07:36

Os vereadores derrubaram em sessão ordinária parecer da Comissão de Legislação, contrário ao projeto de lei ordinária 29/2017, de autoria do vereador Rodrigo Fachini (MDB). A proposta cria o núcleo de apoio pedagógico e Institui Política de Educação Inclusiva para alunos com distúrbios, transtornos e/ou dificuldades na aprendizagem e alunos identificados com altas habilidades ou superdotados em Joinville.

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O parecer alega que a proposta gera despesa para o Executivo e, por isso, a contrariedade. No entanto, Fachini discursou e pediu que a proposta voltasse à discussão, agora nas comissões de mérito. “Sou pai de quatro filhos e todos estudam ou estudaram na rede pública municipal. Meu terceiro filho sempre foi muito inteligente e começou a apresentar problemas de aprendizagem. Foi só quando decidimos procurar ajuda fora da rede que descobrimos distúrbio no processamento auditivo central”, disse o vereador na sessão desta quarta-feira (14).

Para o vereador “a rede municipal não prepara o professor para ter essa percepção, o professor precisa ser treinado para perceber que o aluno tenha alguma necessidade, distúrbio ou seja superdotado”.  “Tenho clareza de que o núcleo de apoio pedagógico é uma política pública que certamente vai contribuir e muito para que a criança não abandone a sala de aula, para que aquelas crianças que apresenta um pequeno distúrbio possam ter um olhar mais atento, e isso impacta a comunidade escolar e certamente as futuras gerações”.

Segundo pesquisa do MEC, de 2014, escolas públicas abrigam 85% dos estudantes superdotados do país. E o total de alunos nessas condições chega a 13.308, de um total de quase 40 milhões de crianças. A Organização Mundial de Saúde estima em 5% da população brasileira seja superdotada.