Na câmara

Por: OCP News Jaraguá do Sul

19/10/2016 - 16:10 - Atualizada em: 19/10/2016 - 16:41

Com 1.750 votos conquistados nestas eleições, o vereador Ademar Winter (PSDB) foi reeleito para o sétimo mandato na Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul.

A primeira legislatura do tucano, na época pelo PMDB, teve início com o pleito de 1982, elegendo-se em sua primeira disputa com 1.596 votos. Ele foi o vereador mais votado na época.

O segundo mandato de Winter foi conquistado na disputa de 1988, sendo novamente o mais votado, empatado com Luiz Zonta (PDS). Naquele período, as legislaturas tinham duração de seis anos. Em 1993, o vereador não concorreu ao cargo, retornando à campanha em 1996, quando conquistou o terceiro mandato, desta vez pelo PTB, e reelegendo-se na sequência, em 2000, já pelo PSDB.

Nas eleições de 2004, o tucano ficou como primeiro suplente, mas assumiu a cadeira no lugar do titular Afonso Piazera. Desde então, o parlamentar vem se reelegendo de forma consecutiva. Winter estudou até o segundo grau e atuou como empresário no setor de comércio de material de construção. Na Câmara, o eleito diz que sua principal bandeira é a de atender bem a comunidade.

CONFIRA A ENTREVISTA

Desde os primeiros mandatos, quais foram suas bandeiras principais? O senhor as leva até hoje ou vão mudando conforme a legislatura?

A bandeira principal é atender bem a comunidade, todo o povo, o povo carente também, e eu tenho um sistema diferente dos outros, a minha política é visitar as casas. Desde dezembro de 2015, até estas eleições eu visitei 1,2 mil casas, isso faz a diferença. Terminou as eleições, já estou retornando, agradecendo os votos que a gente recebeu. Qual é o político que faz isso? Qual é o vereador que faz isso, que vai novamente nas casas? É todo dia que a gente faz esse trabalho.

Da sua atual legislatura, tem algum projeto ou ação que o senhor começou a desenvolver, mas que acabou não tendo continuidade e pretende retomar agora no próximo mandato?

O que eu vou retornar é o projeto sobre os temporizadores aqui da cidade. Porque Florianópolis tem, São José dos Pinhais tem, Curitiba tem, por que Jaraguá não? Com isso, o motorista está vendo que está baixando o (sinal) verde, ao chegar no último ele pensa “Opa, vou parar, para não ganhar multa”. Mas como está, o sinaleiro, é um meio de arrecadar dinheiro dos motoristas, dos proprietários de carros. Quanta multa se recebe? Você vai em cidades grandes tem o temporizador, uma facilidade.

Não é querer tomar dinheiro do proprietário, e do veículo, é a educação no trânsito. E aqui parece que é diferente, quanto mais multa tem, melhor é. E tem aquele projeto que eu fiz na época de 1991, de que ninguém poderia poluir o Garibaldi. Eu pensei futuramente nos habitantes de Jaraguá que um dia eles poderiam usar essa água e foi o que aconteceu.

Quem se beneficiou com o projeto?

Hoje a Barra do Rio Cerro, Garibaldi, Rio da Luz, Rio Cerro, Jaraguá Esquerdo, Chico de Paulo, nossa área da Vila Nova, nesses bairros vem a água do Garibaldi. Acabou esse problema de o pessoal reclamar com a Samae que não tem água, hoje até nos lugares mais distantes dos morros chega água de qualidade, que não precisa gastar muito dinheiro com tratamento.

E depois o lucro que a Samae tem, porque na época o prefeito Moacir Bertoldi me convidou para indicar um terreno, onde seria mais fácil (para o tratamento), e indiquei onde hoje está a ETA (Estação de Tratamento de Água) Sul, do Garibaldi. Ela bombeia para cima e lá automaticamente, com o declive, não precisa botar motor. Então eu acho que uns 70 mil habitantes tomam dessa água do Garibaldi, acho que foi um dos melhores projetos feitos para a população, e a gente correu atrás, para a Samae instalar lá.

Em relação a sua atuação, mais a respeito da questão partidária, como o senhor pretende se posicionar?

Eu vou fiscalizar mesmo e vou fiscalizar bastante, principalmente os asfaltos que são feitos em Jaraguá, que é péssimo, de terceira qualidade. Um exemplo é o que fizeram no Jaraguazinho, há cinco, seis meses. Vai lá ver quantos consertos já tem. Eu conheço de asfalto, trabalhei com isso em São Joaquim. Eu quero ver se eles colocaram rachão, que são pedras dessas britadas, se passam o rolo em cima para firmar bem, depois a brita, bica corrida, mas eles não colocaram a bica corrida. Sabe o que fizeram? Colocaram macadame rolado. O macadame retém umidade. Eu já pedi nos órgãos competentes da Prefeitura que me repassem todos os asfaltos feito esse ano. E vou fiscalizar, se for o caso levo até no Ministério Público.

Mas o senhor sendo do PSDB, agora que a maioria da câmara são sete vereadores da base, como pretende trabalhar a questão partidária?

O que é de melhor para a cidade e para a comunidade, a gente aprova, não tem problema nenhum. Eles sendo em sete, a gente que tem conhecimento sabe que no primeiro ano já estarão brigando, por causa da ciumeira. Eu dou prazo de um ano. Já tem gente descontente agora. Então eu vou continuar trabalhando aqui na Câmara, fiscalizando tudo. E todos os projetos que vierem, sendo bons para o município, eu vou aprovar. O (Antídio) Lunelli (prefeito eleito) vai ter a facilidade de tocar o trabalho, só que os vereadores também têm que cooperar.

Nessa atual legislatura o senhor costumou ter um posicionamento neutro.

A gente, com tantos anos de Câmara, sabe que os críticos não voltam, então não adianta ficar batendo e batendo (na Administração). Tem que bater na coisa certa, que é irregular, mas não inventando muitas coisas. O povo, a comunidade não quer saber disso, eles querem saber de trabalho, mostrar serviço. E depois o vereador tem que estar em toda (a cidade), representando a sua comunidade. E muitos vereadores deixam de fazer isso, tu vê que teve vereador que abaixou adoidado (a quantidade de votos nas eleições). Tem que conservar o que tem.

O que o motivou, em 1982, a participar da política?

Na verdade foi por causa de um político que me disse: “Quer dizer que tu vai pro MDB”, e eu disse que não sabia ainda. Então ele falou: “Lá tu não faz 150 votos”. Isso me deixou revoltado. Eu fiz 1.596 votos. Na época mudou todo o esquema da política de Jaraguá, porque o Durval Vasel (eleito prefeito em 1982) ganhou com cerca de 1,2 mil votos, e eu fiz 1.596, fez a diferença.

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Publicação da Rede OCP de Comunicação