O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes teria procurado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ao menos quatro vezes para pressionar Galípolo em favor do Banco Master, segundo a coluna de Malu Gaspar no Jornal O Globo.
Três destes contatos teriam ocorrido por telefone, mas em ao menos uma ocasião Moraes teve uma reunião pessoal com Galípolo para tratar dos problemas do Master.
Segundo Gaspar, seis fontes distintas relataram as conversas, uma das quais teria ouvido do encontro do próprio Moraes.
Na reunião, teria ainda pedido que o BC aprovasse o negócio com o BRB, que tinha sido anunciado em março, mas estava pendente de autorização da autarquia.
Segundo a colunista, Galípolo teria respondido que os técnicos do BC tinham descoberto as fraudes no repasse de R$ 12,2 bilhões em créditos do Master para o BRB.
Em 18 de novembro, enquanto a Polícia Federal prendia Vorcaro e outros seis executivos acusados de envolvimento com as fraudes, o BC decretou a liquidação extrajudicial do Master.
O escritório da mulher do ministro, Viviane Barci de Moraes, tem um contrato de prestação de serviços com o Master que previa o pagamento de R$ 3,6 milhões mensais durante três anos a partir de janeiro de 2024, que renderia cerca de R$ 130 milhões no total.