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Ministro de Lula falta à sessão da Câmara sobre 8 de janeiro

Divulgação

Por: Pedro Leal

19/04/2023 - 15:04 - Atualizada em: 19/04/2023 - 15:14

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, alegou estar doente para não comparecer à Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (19), onde falaria sobre o ataque aos Três Poderes de 8 de janeiro por volta das 14h.

A ausência foi confirmada pela assessoria do deputado Ubiratan Sanderson, presidente da comissão de segurança.

Dias apresentou um atestado médico à presidência da comissão. Segundo o documento, Dias foi atendido pelo Serviço Médico da Coordenação de Saúde às 13h desta quarta-feira, com quadro clínico agudo e com necessidade de medicação e observação, “devendo ter ausência em compromissos justificadas por motivo de saúde”.

A ausência se dá depois que a rede CNN divulgou imagens que mostram Gonçalves Dias dentro do palácio do Planalto durante a invasão do prédio em 8 de janeiro.

A presença do ministro nesta quarta-feira seria para explicar à Comissão de Segurança Pública a alegação de que o governo federal teria recebido vários alertas quanto ao risco iminente de ataques aos prédios públicos localizados na Praça dos Três Poderes, antes dos atos criminosos do início do ano.

Nos vídeos obtidos pela CNN, câmeras do circuito interno do Palácio do Planalto registraram imagens do ministro caminhando sozinho no terceiro andar do palácio, por volta das 16h29, na antessala do gabinete do presidente da República.

Ele tenta abrir duas portas e depois entra no gabinete. Na hora, a invasão dos Três Poderes já estava em andamento.

Alguns minutos depois, ele aparece no mesmo corredor com alguns invasores.

As imagens sugerem que ele indica a saída de emergência ao grupo. Outros integrantes do GSI também aparecem nas imagens, e parecem indicar o caminho de saída para os invasores que estavam no terceiro andar do Palácio do Planalto.

No terceiro andar, onde as câmeras registraram as imagens do ministro, os criminosos quebraram câmeras de segurança, mesas de vidro, o relógio Balthazar Martinot, obra de arte do século 17, que chegou ao Brasil pelas mãos de dom João VI em 1808, além de revirarem gavetas e móveis.

 

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).