Ministro da Saúde fala sobre programa de vacinação contra Covid-19

Foto Agência Brasil

Por: Elissandro Sutil

11/01/2021 - 15:01 - Atualizada em: 11/01/2021 - 15:36

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira (11) que o programa de vacinação contra a Covid-19 a ser implementado pelo governo pode priorizar a aplicação da primeira dose no maior número possível de pessoas, antes que se inicie a aplicação de uma segunda dose.

Segundo o ministro, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica Astrazeneca, cuja produção será feita pela Fiocruz no Brasil, possui eficácia de 71% com a aplicação da primeira dose. “Com duas doses você vai a 90%”, disse Pazuello.

“Talvez o foco seja não na imunidade completa, mas na redução da contaminação”, afirmou o ministro, explicando que com uma primeira dose a ideia é de que a pandemia vá “diminuir muito”.

Após essa redução nas contaminações é que se começaria a aplicação de uma segunda dose.

As declarações foram dadas em Manaus, onde o ministro se reuniu com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para discutir medidas de enfrentamento à pandemia diante do avanço da doença no Amazonas.

Na média dos últimos 14 dias, houve alta de 72% nas contaminações e 80% nas mortes, segundo os dados do governo estadual.

Início da vacinação

Em sua fala durante o encontro com o governador do Amazonas, Pazuello voltou a garantir que a vacinação terá início simultâneo em todas as unidades da federação, “no dia D e na hora H”.

O ministro não deu data específica, mas disse que os brasileiros estarão sendo vacinados “três a quatro dias” após a aprovação do uso emergencial de qualquer vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ele convocou prefeitos a deixarem salas de imunização e depósitos refrigerados prontos para serem acionados logo após a aprovação de um imunizante.

Pazuello acrescentou ainda que cada estado precisa ter um plano de imunização próprio preparado, devido às peculiaridades logísticas locais.

Assim como tinha feito na semana passada, o ministro apresentou três possíveis cronogramas. Em um panorama mais curto, a vacinação poderá começar até 20 de janeiro, segundo ele, caso haja liberação rápida da Anvisa.

Nessa hipótese, já há 6 milhões de doses da CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac, disponíveis para uso, que foram importadas pelo Instituto Butantan, de São Paulo.

Nesse caso, segundo ele, uma dificuldade é que a CoronaVac não possui autorização para uso emergencial nem mesmo na China, o que pode resultar em demora maior para a aprovação pela Anvisa. Ele afirmou que o ministério “tem todo interesse” na aprovação do imunizante.

Dois milhões de doses da vacina da Astrazeneca/Oxford já foram compradas na Índia, onde já tiveram uso autorizado, disse o ministro.

A chegada deve ocorrer dentro de dez dias, a depender de liberação pelo governo indiano.

 

 

Com informações da Agência Brasil

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