O presidente da Argentina, Javier Milei, atribuiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ausência de Jair Bolsonaro (PL) na cerimônia de posse do presidente eleito pelos Estados Unidos, Donald Trump. Durante baile de gala nesse sábado (18), Milei se queixou da falta de Bolsonaro no evento. “Lamento muito que o ‘regime Lula’ não o tenha deixado vir”, disse a jornalistas brasileiros.
Representado nos Estados Unidos pelo filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e pela mulher Michelle Bolsonaro (PL), Jair Bolsonaro não conseguiu reaver seu passaporte apreendido pela Polícia Federal (PF) e não pôde deixar o Brasil. Indiciado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Bolsonaro é investigado no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de ruptura da ordem democrática.
A equipe de advogados responsável pela defesa dele apresentou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obter a autorização necessária para permitir a ida dele à posse de Donald Trump. Entretanto, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, rejeitou a solicitação e argumentou haver risco de fuga.
A decisão de Moraes concorda com a orientação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou contra a liberação do passaporte e a autorização para a viagem. O procurador-geral Paulo Gonet Branco entendeu que não havia interesse público na ida de Bolsonaro à posse de Trump e, portanto, não havia justificativa para derrubar a medida cautelar, ainda que em caráter excepcional.
Nesse sábado (18) pela manhã, Bolsonaro chorou no Aeroporto Internacional de Brasília. Ele levou a mulher Michelle Bolsonaro até o embarque. O ex-presidente se disse injustiçado e criticou o ministro Alexandre de Moraes. “Estou chateado, né? Eu enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa. Ele é o dono do processo. Ele é o dono de tudo. Faz o que bem entende. O objetivo é eliminar a direita no Brasil”, declarou.
*Com informações de O Tempo.