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Meta diz à AGU que quer diminuir “exageros” e combater violações

Foto: Reprodução/Instagram

Por: Pedro Leal

14/01/2025 - 14:01 - Atualizada em: 14/01/2025 - 14:07

A Meta, empresa do bilionário Mark Zuckerberg e dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, afirmou à Advocacia-Geral da União (AGU) que visa simplificar sistemas e diminuir “exageros” na aplicação de políticas, além de reduzir erros.

A declaração consta de documento de respostas à Advocacia Geral da União (AGU) sobre o encerramento do programa de checagem de fatos; a Meta se comprometeu a usar seus sistemas para lidar com “violações de alta gravidade” e assegurou que “em conformidade à política de direitos humanos, está profundamente comprometida com a liberdade de expressão”.

As informações são do portal Metrópoles.

A empresa afirma que vai concentrar o uso dos sistemas automatizados no combate à violações de alta gravidade.

“Até agora, vínhamos usando sistemas automatizados para detectar violações a todas as políticas. Vamos concentrar o uso desses sistemas para lidar com violações de alta gravidade, como terrorismo, exploração sexual infantil, drogas, fraudes e golpes. Continuaremos também a utilizar os nossos sistemas automatizados para analisar conteúdos que incentivem o suicídio e a automutilação”, disse a Meta no documento enviado à AGU.

A Meta ressaltou ainda que os canais existentes para denúncias relativas a quaisquer violações de políticas permanecerão inalterados e continuarão disponíveis.

Isso permite a qualquer usuário denunciar conteúdo que considere violador das políticas da empresa.

“Continuaremos a adotar medidas contra conteúdo que for violador em resposta. Também permanecem inalteradas as parcerias vigentes com diferentes agências governamentais”, informou.

A Meta ainda ressaltou à AGU que “em conformidade à política de direitos humanos, está profundamente comprometida com a liberdade de expressão, direito humano fundamental que permite o exercício de muitos outros direitos”. Disse, no entanto, que “formas abusivas do exercício desse direito podem causar danos, especialmente para grupos vulneráveis”, completou.

A empresa de Zuckerberg ainda ressaltou ter desenvolvido sistemas complexos nos últimos anos para gerenciar conteúdos e que, embora “tenham sido bem-intencionados, se ampliaram ao longo do tempo até o ponto de termos às vezes exagerado na aplicação de nossas regras, limitando debate político legítimo e, com frequência, impedindo a livre expressão que pretendemos viabilizar”, disse.

Por fim, ressaltou que “as mudanças recentemente anunciadas pretendem enfrentar essa questão, como parte de nosso compromisso contínuo de melhorar e buscar o equilíbrio ideal entre a liberdade de expressão e a segurança. Nós continuamos a priorizar a segurança e a privacidade dos usuários e a levar a sério nosso papel de eliminar abusos de nossos serviços”.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou, em 7 de janeiro, que as redes sociais da empresa – WhatsApp, Instagram e Facebook – deixarão de usar o seu programa de checagem de fatos para adotar as “notas de comunidade”. O novo sistema é semelhante ao implementado pela rede social X, o antigo Twitter, de Elon Musk.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).