O ministro aposentado do STF Ricardo Lewandowski deve tomar posse como o sucessor de Flávio Dino no Ministério da Justiça do governo Lula em 1º de fevereiro, segundo o portal Metrópoles.
Lewandowski teria pedido um tempo a Lula para se desligar de suas atividades na iniciativa privada e montar a equipe que o auxiliará na pasta quando tomar posse.
Ele deixou o STF em abril de 2023. Desde então, voltou a advogar e passou a atuar como conselheiro jurídico da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Até a posse de Lewandowski, o próprio Dino seguirá como ministro da Justiça a pedido de Lula, alterando os planos iniciais de Dino de já deixar o comando da pasta na sexta-feira (12/1).
Segundo o Metrópoles, Lewandowski já teria em mente alguns nomes para sua equipe. O principal deles é o do advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, que deve assumir a secretaria-executiva da pasta.
Atualmente, Manoel é diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Antes disso, ele trabalhou como secretário-geral do STF quando Lewandowski presidiu a Corte. Também foi braço-direito do ministro no TSE.
Além de Manoel, outros dois nomes já são dados como certo na equipe de Lewandowski. Um deles é o do desembargador paulista Luís Geraldo Sant’Ana Lanfredi, cotado para ser secretário de Políticas Penais.
O magistrado conhece Lewandowski de São Paulo. Atualmente, ele atua como juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão comandado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal.
Outro nome que deve integrar a equipe de Lewandowski é o analista judiciário concursado do STF Jean Keiji Uema. Ele foi indicado ao novo ministro da Justiça por lideranças do PT.
Atualmente, Uema trabalha como chefe da Assessoria Especial do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT). Antes, foi chefe de gabinete de Jaques Wagner (PT-BA) na Casa Civil durante o governo Dilma.
Segundo Eliane Catanhêde, do Estadão, a mudança de equipe sob Lewandowski já começa com o secretário-executivo e atual braço direito de Flávio Dino, Ricardo Cappelli.
Segundo a colunista, Lula cogitou “renovar” o ministério, com Lewandowski ministro fazendo a atuação institucional, e Cappelli como super secretário-geral, cuidando da segurança pública, que ocupa 90% da rotina da pasta e atualmente é a área com pior avaliação no governo. Lewandowski rejeitou a proposta e condicionou o convite de comandar a pasta à ter carta branca para montar a equipe.
Quem está cotado para a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) é o sociólogo Benedito Mariano, um dos fundadores do PT.