O setor empresarial de Santa Catarina entregou à pré-candidata à presidência da República, Marina Silva, documento com seis demandas do Estado que contemplam as prioridades nas áreas de infraestrutura, logística e energia.
Ela participou de encontro com representantes do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem), na manhã desta quinta-feira (19), na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis.
Antes, Marina esteve na Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e no final do dia promoveu um encontro com movimentos sociais e lideranças setoriais no Hotel Majestic.
A visita de Marina Silva a Florianópolis acontece um dia antes da convenção da REDE Sustentabilidade, que será nesta sexta-feira (20). No encontro, serão consolidadas as candidaturas majoritárias e ainda 14 candidaturas a deputado estadual e outras 8 a deputado federal.
A REDE SC será o primeiro partido catarinense a realizar sua convenção para as eleições 2018.
Fiesc cobra mais atenção do governo
No encontro na Fiesc, o presidente em exercício da Federação das Indústrias de SC, Mario Cezar de Aguiar, salientou que o Estado tem grande importância para a economia brasileira, mas não tem sido contemplada com recursos do governo federal. “Não queremos nenhuma vantagem. Queremos condições para crescer. Pretendemos ter uma economia forte e sustentável”, disse, lembrando que a indústria tem uma participação relevante na composição do PIB catarinense (28,9%).
Ele lembrou que o Estado é o primeiro na produção de suínos e o segundo em aves, com as carnes representando cerca de 30% das exportações do Estado. Contudo, alertou que Santa Catarina corre o risco de perder essa colocação por conta das deficiências em infraestrutura. “O Estado é muito focado no modal rodoviário É um erro estratégico. Já tivemos uma malha ferroviária maior do que temos hoje”, lembrou
Marina informou que os economistas de sua equipe estão trabalhando nas diretrizes gerais do seu plano de governo, mas adiantou que sem a reforma da previdência não se resolve o problema do déficit público.
Quanto à reforma tributária, ela declarou que o objetivo é buscar simplificação, impessoalidade para acabar com a guerra fiscal.
“Hoje a maioria dos municípios vive de mesada do governo federal. Estamos trabalhando numa proposta de simplificação de impostos juntando os cinco tributos mais complexos para ajustar aquilo que é uma demanda de todos”, afirmou.
Documento da Fiesc destaca planejamento
O documento entregue à candidata destaca o planejamento e investimentos visando à intermodalidade e à eficiência logística, diversificando a matriz de transportes e considerando a cabotagem e os projetos ferroviários.
O fortalecimento do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), a articulação para garantir recursos para investimentos rodoviários federais, investimentos para a melhoria dos portos catarinenses, reforço nos investimentos do programa de incentivo à aviação regional do governo federal, além de alternativas ao fornecimento e transporte de gás natural para a região Sul também estão no documento.
O Cofem é integrado pelas federações empresariais da indústria (Fiesc), comércio (Fecomércio), Agricultura (Faesc), Transportes (Fetrancesc), das Associações Empresariais (Facisc), das CDLs (FCDL) e das micro e pequenas empresas (Fampesc).
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