Por Patricia Moraes
Com o objetivo de até setembro deste ano percorrer as 36 regiões de Santa Catarina – divididas conforme a descentralização idealizada pela sua maior liderança, o ex-governador e ex-senador Luiz Henrique da Silveira, morto há dois anos – parte da cúpula do PMDB esteve na sexta-feira (12) em Jaraguá do Sul. A proposta do partido é ouvir a sociedade sobre as mudanças pelas quais o Brasil passa e conhecer os anseios da população.
O presidente estadual da sigla e deputado federal, Mauro Mariani, aproveitou o momento para confirmar sua pré-candidatura ao governo do Estado, desejo que já havia manifestado em 2014 quando o partido decidiu continuar apoiando Raimundo Colombo (PSD). “Naquela época, já era forte o desejo da base de ter candidatura, agora isso é unanimidade. Um partido do tamanho e com a história do PMDB não pode ficar três eleições sem se apresentar às urnas”, disse ao lado do secretário de Estado, Carlos Chiodini, do ex-senador Cassildo Maldaner, do deputado federal Celso Maldaner, do prefeito Antídio Lunelli, da presidente do partido no município, Natália Petry, e do presidente da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul, Pedro Garcia.
Com a possibilidade de disputar uma vaga na majoritária, Mariani prevê a abertura de espaço para que Chiodini busque uma cadeira na Câmara Federal. “Isso seria muito importante para a região. E só será possível porque o Chiodini tem histórico, tem trabalho para mostrar. Tenho certeza de que será um dos mais votados de Santa Catarina”, previu sobre o jaraguaense. Em seus discursos, Mariani não cita nomes, mas diz não ver problemas se tiver concorrente dentro do partido com a mesma intenção de disputar a eleição para governador. “Eu estou preparado, vou para disputa se precisar. O PMDB tem histórico de debate interno, não vejo problema”.
FRASES:
“Desde que eu entrei na política escuto falar que as reformas Trabalhista, da Previdência e Tributária são essenciais.”
“O Chiodini tem uma bela caminhada, é atuante, determinado, tem serviço prestado por toda Santa Catarina. Não tenho dúvidas de que será um dos mais votados.”
Reforma da Previdência não passa
Pelo menos, essa é a avaliação de Mauro Marini sobre o clima no Congresso às vésperas da votação da Reforma da Previdência. Para Mariani, o governo Michel Temer levou um dez a zero na comunicação e errou ao colocar no mesmo pacote funcionários da iniciativa privada, pública (das três esferas) e trabalhadores rurais. “O rombo da Previdência é enorme, a reforma é essencial. Mas não dá para misturar tudo. A Previdência do trabalhador da iniciativa privada está equilibrada, diferentemente da pública. O déficit é de R$ 80 bilhões tanto federal, quanto estadual. Em Santa Catarina, são R$ 250 milhões por mês de rombo. É preciso resolver isso, mas a reforma proposta pelo governo não tem voto para passar”.
“Não tem como explicar para um trabalhador da indústria que ele vai ter que pagar a conta porque os governos não fizeram o dever de casa e mantêm aposentadorias acima de R$ 30 mil.”