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Lunelli repudia aumento absurdo de deputados federais: “R$ 95 milhões por ano jogados fora”

Foto: Arquivo/Agência AL

Por: Ewaldo Willerding Neto

26/06/2025 - 10:06 - Atualizada em: 26/06/2025 - 10:36

O deputado estadual Antídio Lunelli criticou duramente a aprovação, no Senado, do projeto que aumenta o número de vagas na Câmara dos Deputados. A proposta, que prevê impacto anual de R$ 95 milhões, ainda permite os Estados contemplados com novas cadeiras a ampliarem também o número de deputados estaduais.

“Não é de mais políticos que o Brasil precisa. É de menos desperdício, mais eficiência e mais respeito com o dinheiro público”, afirmou Lunelli. Para ele, o projeto amplia a máquina pública num momento em que a população exige cortes, não inchaço.

A proposta eleva o número de deputados federais dos atuais 513 para 538. “É um absurdo. A Câmara já está cheia e ineficiente. Isso não é representatividade, é uma conta salgada para quem paga imposto”, disparou.

O deputado já avisou que, caso a medida avance para o plenário da Alesc, votará contra qualquer tentativa de aumentar o número de cadeiras no Legislativo catarinense. “Sou contra esse inchaço em todas as esferas. É mais estrutura, mais verba, mais cargos comissionados. Quem ganha com isso não é o povo, é o sistema.”

Lunelli também questionou a prioridade da proposta. “Enquanto faltam leitos, professores e investimentos em infraestrutura, o Congresso decide aumentar o número de políticos. Isso diz muito sobre a inversão de valores em Brasília.”

Para o deputado, a verdadeira representatividade está na atuação e na responsabilidade com o que se faz com o mandato. “Se 513 não dão conta, não serão 538 que vão melhorar as coisas. A política brasileira não precisa de mais cadeiras, precisa de mais vergonha.”

Entenda o que está por trás da proposta

A ideia inicial da proposta era corrigir distorções na representação dos Estados, ajustando o número de deputados federais conforme o tamanho da população — algo previsto na Constituição.

Mas o que era para ser uma redistribuição, acabou se transformando em aumento do número total de vagas, passando de 513 para 538 deputados federais.

Com isso:

  • Ninguém perde cadeiras.
  • Alguns Estados, como Santa Catarina, ganham.
  • O custo para o povo sobe: R$ 95 milhões a mais por ano.
  • E o efeito cascata atinge as Assembleias Legislativas, que também poderão ampliar o número de deputados estaduais.
  • Resultado: mais políticos, mais gastos, pouca ou nenhuma melhoria para o cidadão.

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Ewaldo Willerding Neto

Jornalista formado pela UFSC com 30 anos de atuação.