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Leitos de UTI no estado voltam a ter ocupação elevada com doenças respiratórias

Foto: Divulgação

Por: Pedro Leal

19/06/2024 - 16:06

Com 94,99% das vagas de UTI ocupadas, Santa Catarina voltou a registrar taxas preocupantes de ocupação nos leitos do SUS. Dos 1.376 leitos de UTI dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), apenas 69 estavam disponíveis na noite desta segunda-feira (17), segundo dados do painel de leitos da Secretaria do Estado de Saúde.

A ocupação seria motivada primariamente por casos de dengue, influenza e outras doenças respiratórias.

As informações são da NSC.

Em Florianópolis, com 99,56% de ocupação, o único leito disponível é um leito neonatal – não há leitos de UTI para adultos ou para crianças na região. O cenário é similar no Oeste, com ocupação de 98,89%, e um único leito – desta vez, adulto.

A região do Planalto Norte e Nordeste aparece na sequência, com 97,66% de ocupação, com sete vagas disponíveis. São duas de UTI adulto e cinco de UTI neonatal, sem vagas de UTI pediátrica.

O Meio-Oeste e Serra tem ocupação de 97,35% no momento, com cinco leitos disponíveis. São quatro de UTI adulto, um de UTI pediátrica e nenhum de UTI neonatal.

A ocupação dos leitos no Vale do Itajaí está em 95,15%, com 13 leitos disponíveis. Destes, dois são pediátricos e 11 são leitos de UTI neonatal. Não há leitos de UTI adulto disponíveis na região, segundo a última atualização.

Na região da Foz do Rio Itajaí, a taxa de ocupação atinge 92,08%, com há oito leitos disponíveis: seis adultos e dois pediátricos. Os leitos de UTI neonatal estão lotados nos hospitais da localidade.

No Sul do Estado, a ocupação dos leitos de UTI está em 83%, com 34 leitos disponíveis ao todo. São 19 leitos de UTI adulto, cinco leitos de UTI neonatal e dez leitos de UTI pediátrico.

O que diz a Secretaria de Estado da Saúde

“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que, diante do momento sazonal, o aumento nos casos de doenças infecciosas virais identificadas como a dengue e as doenças respiratórias vem refletindo na busca por atendimentos no sistema de saúde do Estado, abrangendo todas as regiões. Cabe ressaltar que a vacina contra a gripe está disponível para a aplicação nos grupos elegíveis e a da dengue para regiões específicas, no entanto, tem-se observado uma baixa procura pelos imunizantes.

O sistema hospitalar público de Santa Catarina funciona em forma de rede. Quando não há vaga em um hospital, busca-se leito, via Regulação, em outros hospitais, primeiro na região e depois fora dela.

O Governo do Estado tem investido de forma permanente na saúde, um trabalho que vem ocorrendo desde o início da gestão. Desde 2023, já foram abertos 183 novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), entre neonatais (53), pediátricos (50) e adultos (80). Os leitos estão distribuídos nas diversas regiões do Estado. Sendo que 10 leitos adultos foram abertos nesta segunda-feira,17, no Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí. O Governo segue atuando para abrir mais leitos.

Essa ampliação da rede vem garantindo o atendimento de todos os pacientes. Ainda, caso não haja disponibilidade no leito SUS, será realizada a compra de leito privado. Importante destacar que desde 2023 mais quatro hospitais da rede privada passaram a realizar atendimentos pelo SUS.

Ressalta-se que na manhã desta terça-feira, 18 de junho, o Painel de Leitos de UTI indica que há, no Estado, 64 leitos de UTI disponíveis, sendo 30 adultos, 11 neonatais e 23 pediátricos. A média geral de ocupação dos leitos é de 95%. Vale ressaltar que esses números estão sujeitos a variações constantes.

Os hospitais da Secretaria de Estado da Saúde são centros de referência para procedimentos de alta complexidade e oferecem acesso porta aberta a todas as especialidades médicas. Consequentemente, é comum que as UTIs tenham uma taxa de ocupação geralmente superior a 80% nos hospitais de grande porte. As unidades possuem capacidade instalada para operar neste modelo.

Lembrando sempre a importância das vacinas, que estão disponíveis para os grupos prioritários, e as metas de vacinação ainda não foram alcançadas. Neste sentido, reforçamos a importância de manter a caderneta de vacinação em dia para prevenir os casos graves das doenças.”

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).