A Justiça do Distrito Federal recebeu uma denúncia apresentada pelo Ministério Público e tornou réus Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e outras cinco pessoas, acusadas de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.
A decisão da 5ª Vara Criminal é de segunda-feira (25). A acusação resulta de uma investigação da Polícia Civil do DF, que indiciou Jair Renan em fevereiro.
As informações são do portal G1.
A partir da intimação dos réus, eles terão 10 dias para apresentar sua defesa por escrito.
A Justiça considerou que estão presentes na denúncia “os requisitos necessários para dar início à persecução penal em juízo”.
Jair Renan chegou a ser alvo de uma operação de busca e apreensão em agosto passado.
O MP-DF acusa Jair Renan e os outros réus, que incluem o seu ex-instrutor de tiros Maciel Alves de Carvalho, de forjar uma declaração de faturamento de uma empresa de Jair Renan, a RB Eventos e Mídia, com o objetivo de dar lastro a empréstimos bancários que chegaram a R$ 291 mil, entre 2022 e 2023.
Sem ver o valor pago, o banco entrou na justiça contra o filho do ex-presidente. Em fevereiro deste ano, a Justiça determinou que ele pagasse ao banco a dívida, que estava em R$ 360 mil.
Segundo o MP-DF, a empresa teria apresentado documentos atestando falsamente que a empresa havia faturado R$ 4,6 milhões no período de um ano, o que configurou, segundo o Ministério Público, o crime de falsidade ideológica. O documento, por sua vez, teria sido apresentado ao banco para a abertura de uma conta, usada posteriormente para a obtenção de três empréstimos, configurando o crime de uso de documento falso.