Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Justiça condena oito membros do PCC por plano de sequestro contra Moro

Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil

Por: Pedro Leal

23/01/2025 - 16:01 - Atualizada em: 23/01/2025 - 16:06

A Justiça Federal do Paraná condenou oito integrantes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) pelo planejamento do ex-juiz senador Sergio Moro (União Brasil). Eles foram condenados a penas que variam de cinco a 14 anos e nove meses de prisão.

A sentença é assinada pela juíza federal substituta Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba.

As informações são da revista Veja.

Foram condenados: Claudinei Gomes Carias (14 anos e nove meses de reclusão), Franklin da Silva Correa (11 anos, quatro meses e quinze dias), Herick da Silva Soares (11 anos, quatro meses e quinze dias), Aline Arndt Ferri (8 anos, seis meses e dezessete dias), Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui (8 anos, seis meses e dezessete dias), Aline de Lima Paixão (8 anos, seis meses e dezessete dias), Hemily Adriane Mathias Abrantes (5 anos, cinco meses e sete dias e Oscarlina Lima Graciote (5 anos, cinco meses e sete dias de reclusão).

A sentença também apresenta a extinção de punibilidade aos crimes atribuídos a Janeferson Aparecido Mariano Gomes, apontado como o líder da quadrilha, e Reginaldo Oliveira de Souza; ambos morreram na prisão.

Outros três denunciados foram absolvidos.

As condenações são resultantes da investigação feita no âmbito da Operação Sequaz, da Polícia Federal, deflagrada em março de 2023, que resultou na prisão de integrantes da organização e apontou a execução de um plano para sequestrar Moro e outras autoridades.

Segundo a PF, o plano envolveu aluguel de imóveis e veículos, monitoramento do alvo, aquisição de armamento, uso de códigos próprios (Moro, por exemplo, era identificado como “Tokio”), divisão de tarefas e contabilidade detalhada.

Segundo a denúncia, o motivo do sequestro seria decisões de Moro quando ele ainda era ministro do governo Bolsonaro, como a transferência de integrantes do PCC para presídios federais de segurança máxima e a proibição a visitas íntimas aos presos.

O senador Sergio Moro comemorou a decisão nas redes sociais, agradecendo aos órgãos envolvidos, Ministério Público e polícias. “Falta descobrir o mandante do crime, e a investigação da PF precisa continuar neste sentido. Solicitarei providências nesse sentido ao Ministro da Justiça”, afirmou.

 

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).