A Justiça decidiu aceitar a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra o prefeito Douglas Elias Costa, de Barra Velha, e mais seis pessoas, mantendo suas prisões nesta quarta-feira (2). A decisão foi proferida pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
A denúncia, movida pelo MPSC, acusa oito indivíduos por crimes que incluem organização criminosa, fraude em licitação, peculato e lavagem de dinheiro. Durante a operação, deflagrada em janeiro, o prefeito, dois secretários municipais, um diretor e três empresários foram detidos.
Embora um engenheiro civil da prefeitura de Barra Velha também tenha sido preso, sua prisão foi substituída por medidas cautelares nesta quarta-feira.
As investigações da Operação Travessia tiveram início em fevereiro do ano anterior, conduzidas pela 2ª Promotoria de Justiça de Barra Velha, com apoio do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO).
No total, oito mandados de prisão e 22 mandados de busca e apreensão foram cumpridos após autorização do TJSC, em 24 de janeiro deste ano. As evidências obtidas apontaram uma série de crimes relacionados à construção de uma ponte sobre o rio Itajuba.
De acordo com o MPSC, cada denunciado teve participação ativa na organização criminosa, que supostamente era liderada pelo prefeito. Os acusados agora se tornaram réus em 56 crimes, incluindo fraude em licitação, pagamentos irregulares, fraude na execução de contrato, desvios de bens e lavagem de dinheiro.
Além das acusações criminais, o Ministério Público requer a devolução de quase R$ 2 milhões, além do pagamento de R$ 500 mil por danos morais causados à população de Barra Velha.