Julgamento que pode libertar ativista Julian Assange começa nesta terça-feira; entenda

Foto: Reprodução/WikiLeaks/X

Por: Pedro Leal

25/06/2024 - 20:06 - Atualizada em: 25/06/2024 - 20:43

A audiência que pode resultar na libertação de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, começou na noite desta terça-feira no tribunal dos EUA nas ilhas Marianas do Norte.

A audiência resuta de um acordo entre Assange e a Justiça dos EUA. Em troca de um perdão oficial e a liberdade, Assange deve se declarar culpado de espionagem.

A previsão é que ele seja sentenciado a 62 meses de prisão, e que a justiça americana considere que ele já cumpriu o tempo no Reino Unido.

Após se declarar culpado e passar pela audiência, Assange estará oficialmente liberado e espera-se que ele volte para a Austrália, país do qual é cidadão.

Assange chegou às Ilhas Marianas do Norte, durante a tarde desta terça; o local sedia o tribunal dos EUA mais próximo da Austrália.

Caso fosse extraditado para os EUA, ele poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.

A acusação criminal que Assange vai assumir é de conspiração para obter e divulgar documentos classificados de defesa nacional dos EUA, segundo documento da Justiça americana.

O governo de Barack Obama (2009-2017) chegou a acusar Assange de ser um “asset russo” e de ser financiado por Moscou, após a deserção do ex-oficial de inteligência e delator Edward Snowden para a Rússia, em 2013.

Julian Assange criou o grupo de ativistas WikiLeaks em 2006. O grupo foi responsável pelo vazamento de cerca de 700 mil documentos sigilosos dos EUA. Em 2010, foi acusado de estupro na Suécia em meio a acusações de espionagem por parte do governo dos EUA, acusação que negou veementemente.

Para o ativista, a acusação seria uma tentativa de entregá-lo aos EUA. Ele chegou a ficar sete anos asilado na Embaixada do Equador em Londres, antes de ser preso.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).