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Juíza dos EUA nega liminar ao Rumble e afirma que decisões de Moraes não tem validade sobre empresa; entenda

| Foto: Reprodução/CNJ

Por: Pedro Leal

25/02/2025 - 20:02 - Atualizada em: 25/02/2025 - 20:28

A Justiça dos Estados Unidos negou nesta terça-feira (25) um pedido de liminar da plataforma Rumble e da Trump Media & Technology para que possam ignorar ordens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A negativa do pedido das empresas, pertencentes a Donald Trump, se deve a, segundo ponderou a juíza Mary S. Scriven, a invalidade das decisões de Moraes; a juíza afirma que as empresas não são obrigadas a cumprir as decisões de Moraes devido ao previsto na Convenção de Haia e em tratado de assistência jurídica mútua assinado por EUA e Brasil.

As informações são do portal Metrópoles.

A juíza determinou que as empresas não tem obrigação de suspender contas baseadas nos EUA neste momento – e que portanto, o pedido de liminar não teria procedência, pois se aplicaria a uma decisão sem validade legal.

Ela destaca que nenhuma ação incisiva ou de reforço foi tomada pelo governo brasileiro. Quando isso ocorrer e se ocorrer, a juíza afirmou que tomará alguma ação; por ora a liminar não está “madura” para prosseguir.

Moraes determinou na última sexta-feira (21/2), a suspensão imediata do funcionamento do Rumble no Brasil.

A medida é válida até que a plataforma cumpra as decisões do STF e indique um representante legal no Brasil. Além disso, o ministro impôs multa diária de R$ 50 mil.

No pedido, o Rumble e a Trump Media & Technology, solicitaram uma liminar — medida de caráter imediato e temporário que serve para antecipar efeitos de uma decisão, antes do julgamento — para não serem obrigados a cumprir as determinações do ministro do STF.

“Na ausência de intervenção judicial imediata e medida liminar, os requerentes sofrerão ainda mais danos irreparáveis, incluindo a perda das liberdades da Primeira Emenda [da Constituição dos Estados Unidos], desafios operacionais adicionais e uma erosão permanente da confiança do usuário”, reclamaram as empresas.

 

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).