Natural de Jaraguá do Sul, o advogado e professor universitário Douglas Borba (PP), 33 anos, será o próximo secretário de Estado da Casa Civil no governo de Carlos Moisés da Silva (PSL). Especialista em direito público, viveu em Jaraguá do Sul até seus 18 anos. Cursou Direito na Univali de Biguaçu, município onde reside desde então e onde iniciou sua vida política.
Em entrevista à Coluna, Borba narra a trajetória que o conduziu da Câmara de Vereadores de Biguaçu – onde está em sua terceira legislatura consecutiva – até o governo do Estado, para o comando da pasta que agrega ainda as secretarias executivas de Comunicação e de Articulação Nacional.
“Dentro da Casa Civil temos uma área ligada a relacionamentos com os municípios e é uma área que receberá de mim e da equipe uma grande atenção”, anuncia o futuro secretário, que viu de perto as dificuldades enfrentadas pelos gestores municipais no dia a dia.
Quando começou sua vida política?
Em 2007, eu cursei Direito na Univali de Biguaçu e assumi ali o Centro Acadêmico de Direito e nesse momento fui convidado por candidato prefeito de Biguaçu na época para ser candidato a vereador.
Já tinha um histórico político na família, meu pai foi vereador no ano 2000 em Biguaçu, faleceu no ano seguinte, em 2001, e ficou esse sentimento na família que a gente poderia ter realmente alguém representando e foi o que me motivou a disputar a eleição [em 2008], então com 23 anos de idade.
Como foi esse começo?
A partir daquele momento, nosso governo ganhou a eleição e eu fui convidado para participar do governo, não fiquei na Câmara.
Fui secretário de Cultura, Esporte, Turismo e Lazer, nesses três primeiros anos, que compreendeu 2009 a 2012, quando disputei novamente a vereador e fui reeleito.
Permaneci na Câmara de 2013 a 2016. Em 2016, fui para a terceira reeleição, também vitorioso, e permaneço na Câmara até o fim deste ano.
E como surgiu o convite para a Casa Civil?
Eu fui convidado um pouco antes do início da campanha a fazer parte de um grupo de conselheiros das campanhas do PSL de Santa Catarina.
Montamos uma equipe de comitê e no andar do processo eleitoral naturalmente surgiu o Douglas como coordenador geral de campanha, participando de debates junto ao Moisés, participando das temáticas mais importantes da campanha, definindo estratégias, e contribuí com sua vitória.
Agora fiquei muito feliz, honrado na verdade, por esse reconhecimento do Moisés pelo meu trabalho, e feliz em poder continuar ao lado dele porque acredito que as maiores conquistas ainda estão por vir, no sentido de entregar à população um serviço público eficiente.
Você está no PP, mas pretende se filiar ao PSL?
Eu de fato permaneço filiado ao Progressistas, eu tenho o mandato de vereador, estou pedindo afastamento hoje por coincidência [segunda-feira], e aí o futuro político-partidário é algo que estou sem pressa para decidir, até porque em momento algum foi um condicionante para eu assumir a função.
A Casa Civil abrange também as secretarias de Comunicação e Articulação Nacional. Como você vê esse desafio? Como se sente?
Me sinto preparado, meu histórico reúne qualidades suficientes para empenhar, junto a um grupo de pessoas que a gente está reunindo, um bom papel frente à secretaria.
Entendo ser uma secretaria estratégica de governo, pelas áreas que abrange, então, tenho o maior respeito aos veículos de impressa e comunicação.
Ao longo da campanha, criei um relacionamento praticamente com todos os veículos de SC, de uma forma próxima, sempre muito respeitosa, um relacionamento que a gente pretende manter.
E na Articulação Nacional?
Já na área da Articulação, não só nacional, mas com os municípios, internacional e as instituições – incluindo Assembleia Legislativa, articulação política e tudo mais -, a gente também tem bons projetos, todos eles baseados no diálogo, na construção conjunta de ações, propósitos entre entes, entre as instituições.
Acredito que a entrega do melhor serviço à população é aquela onde há amplo debate, ampla convergência de ideias para que tenha aplicabilidade no Executivo.
Quais devem ser as primeiras ações como secretário?
Eu tenho a curto prazo uma missão, que já apresentei para o governador, é o que estou chamando de painel de controle estatal digital.
É uma ferramenta que a gente vai implantar sem custo nenhum, aproveitando as áreas de tecnologia do próprio governo, e teremos informações em tempo real de todas as áreas setoriais do governo para auxiliar o governador e os secretários nas tomadas de decisão.
Isso é algo que a gente já vai trabalhar agora na transição para que no início do governo o governador já tenha acesso a essa ferramenta, que vai dar a ele elementos suficientes dos 295 municípios, como todos os convênios, cada obra em andamento no estado.
Ter sido vereador e conhecer as dificuldades de chefiar um município, isso deve te ajudar no trabalho.
Sem dúvida, isso traz sensibilidade, essa vivência de dez anos na vida pública dentro do município me tornou mais sensível aos anseios dos entes públicos, os prefeitos vivem passando o pires, buscando dinheiro no governo estadual e principalmente federal, essa é uma realidade que há de ser modificada.
Dentro da Casa Civil temos uma área ligada a relacionamentos com os municípios e é uma área que receberá de mim e da equipe uma grande atenção.
E como é a relação com Jaraguá do Sul e o que os vereadores e prefeito podem esperar do seu trabalho?
Sou natural de Jaraguá do Sul, por isso tenho um carinho enorme por essa cidade, minha mãe reside aí, irmã, sobrinhos, enfim, tenho família e constantemente estou visitando familiares e amigos.
Acredito que na função de secretário de Estado estarei ainda mais presente em Jaraguá para poder contribuir com o desenvolvimento da cidade. Sem sombras de dúvidas, as portas da Casa Civil estarão abertas aos vereadores, prefeito e a todos os jaraguaenses.
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