A convite do deputado estadual Vicente Caropreso (PSDB), o secretário de Estado da Saúde André Motta Ribeiro esteve em Jaraguá do Sul nesta quinta-feira (18) para discutir demandas dos hospitais do município e participar da inauguração da nova maternidade do Hospital Jaraguá.
Na visita, o Motta Ribeiro antecipou que a Secretaria de Estado da Saúde estuda a criação de uma nova Regional de Saúde. Dessa forma, haveria uma reorganização da Regional de Saúde Nordeste, que engloba Jaraguá do Sul, Joinville e outros 11 municípios.
Atualmente, as regionais de saúde são composta de 16 unidades. “Vamos criar uma 17ª Regional pela característica das cidades e do entorno. Jaraguá do Sul e Joinville são dois polos importantes e precisam ter uma releitura. Estou propondo critérios técnicos para que possamos discutir isso no colegiado da Saúde. Construindo um entendimento mútuo que aqui no município cabe a sede de uma nova regional de saúde, com seus benefícios e responsabilidades”, explicou o secretário Motta Ribeiro.
A questão de Jaraguá do Sul e demais cidades da Amvali saírem da região de Joinville na classificação do mapa de risco da Covid-19, vinha sendo solicitada e discutida desde o ano passado pelo Comitê de Enfrentamento da Covid de Jaraguá do Sul.
Por diversas vezes, o Comitê encabeçado por Emanuella Wolff, solicitou ao governo do Estado para que atendesse a esta demanda para que a região não fosse penalizada com restrições aplicadas de forma igual para as regiões de Joinville e Jaraguá que apresentam quadros diferentes no número de doentes e de mortes pela doença.
Recursos
Em sua visita à Jaraguá do Sul, o secretário de Estado da Saúde André Motta Ribeiro também garantiu os recursos para o custeio de mais cinco leitos de UTI/Covid-19 no hospital São José.
As novas Unidades de Terapia Intensiva foram ofertadas pela direção do Hospital São José e estarão disponíveis e com capacidade de funcionamento já na próxima semana. O secretário garantiu que, independentemente de recursos do Ministério da Saúde, o governo do Estado irá custear os novos leitos assim que entrarem em operação.
“Além de discutir demandas, estou tendo a grata surpresa de receber a oferta de mais cinco leitos para enfrentamento da pandemia. Mais uma vez o Hospital São José, mais uma vez Jaraguá do Sul mostra toda a sua qualidade, assim como o deputado Vicente mostra toda a sua visão de futuro trazendo essa discussão que resulta na ampliação da oferta de leitos de UTI para Jaraguá e para o restante do Estado”, afirmou o secretário.
Já o deputado destacou que os novos leitos são um suporte necessário para a população do município e região diante do agravamento da pandemia.
O secretário também voltou a garantir apoio ao credenciamento de alta complexidade da cardiologia do Hospital São José pelo SUS. Conforme Motta Ribeiro, há uma dificuldade de processos e parâmetros já superados mas que ainda são usados pelo Ministério da Saúde.
“Essa discussão está em andamento no ministério. Temos certeza que com conversa será resolvida. Infelizmente, vivemos uma pandemia, e isso dificulta construções maiores”, afirmou.
“O secretário está atuando fortemente no Ministério da Saúde para atingir esse objetivo. Por ele, pelo Estado, essa posição já está definida. Mas não adianta o Estado falar sozinho, quem dá a última palavra é o ministério”, reforçou o deputado Vicente, destacando a importância do apoio do para transformar o Hospital São José em referência para cardiologia.
Enquadramento dos hospitais
Outra demanda apresentada ao secretário foi a necessidade de mudar o enquadramento do Hospital São José na Política Hospitalar Catarinense. Hoje o hospital está enquadrado como sendo de porte 3, com repasse máximo de R$ 450 mil mensais. Está sendo pleiteado que a unidade seja enquadrada como de porte 4. Essa classificação garantiria um teto de R$ 1 milhão por mês para o hospital.
“O hospital São José tem uma complexidade muito maior do que é exigida para o porte em que ele está enquadrado hoje. Queremos uma valorização maior, isso significa mais aporte financeiro mensal. São praticamente R$ 700 mil mensais a mais para manutenção do hospital. É uma luta que não é pequena, e isso passa pelo governo do Estado injetar mais recursos na política hospitalar”, comentou Caropreso.