Há exatos 24 anos, em 11 de setembro de 2001, o mundo testemunhou aterrorizado ao impacto de uma aeronave da American Airlines contra a Torre Norte do World Trade Center, em Nova York, nos EUA.
Em um primeiro momento, a Torre Norte era atingida – pouco depois, uma segunda aeronave, da United Airlines atingia a Torre Sul. Em menos de duas horas, as duas torres, símbolos de Manhattan, iam ao solo e mudavam para sempre a paisagem nova iorquina.
O grupo extremista islâmico Al-Qaeda (“A Base” ou “A Fundação”, em árabe) assumiu a autoria do atentado, orquestrado pelo líder e fundador do movimento, Osama bin Laden.
Com o ataque, que resultou em ao menos três mil mortes, Bin Laden declarava guerra aos EUA em uma nova frente assimétrica e que exigia uma reconfiguração do front geopolítico após o aparente “fim da história” ao final da guerra fria; antes restrito quase que totalmente a cenários intranacionais, o terrorismo ultrapassava a fronteira das nações e ganhava, como definiu o acadêmico Stuart Munnich, um novo oxigênio com a publicidade do ataque.
Outras duas aeronaves comerciais foram sequestradas pelo movimento terrorista; os voos 11 da American Airlines e 175 da United Airlines foram usados contra as torres, que caíram pouco após o ataque. O voo 77 da American Airlines atingiu a sede do Departamento de Defesa dos EUA, o Pentágono pouco após o ataque às Torres Gêmeas. A quarta aeronave, o voo 93 da United Airlines, caiu em Shanksville, no interior da Pensilvânia, após uma revolta dos passageiros ante aos sequestradores.
O local que antes abrigava o World Trade Center virou o Museu Nacional do 11 de Setembro.
Em resposta aos atentados, o então presidente dos EUA, George W. Bush, iniciava a “guerra ao terror”, que perdura, em menor intensidade, até hoje.
Simultaneamente, governos, agências de inteligência, grupos de comunicação e aeroportos se viam diante de um novo paradigma que exigia novas medidas de vigilância, segurança e relações internacionais ante a um conflito que não se dava mais através de agentes estatais organizados, mas de combatentes irregulares em meio a população civil.
Paradigma este que, mesmo em meio ao retorno das guerras por procuração entre grandes atores da geopolítica, segue marcando a geopolítica até hoje.