O atual ministro da Justiça, Flávio Dino, já duvidou das urnas eletrônicas – é o que demonstram tuítes antigos do então presidente da embratur, em 2013. Em 8 de novembro daquele ano, o hoje ministro tuitou ““Hoje, em Recife, vi a comprovação cientifica de que as urnas eletrônicas são extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes”.
As informações são do jornal O Tempo.
Hoje em Recife vi a comprovacao cientifica de que as urnas eletronicas sao extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes.
— Flávio Dino ?? (@FlavioDino) November 8, 2013
Não é o único tuíte do ministro duvidando da integridade das urnas. No ano em questão e em 2012, Dino fez múltiplos tuítes alegando que as urnas seriam “vulneráveis” e “sujeitas a fraudes”.
A primeira declaração do ministro questionando as urnas é da época em que ele era deputado federal e relatou a chamada “minirreforma da eleitoral” – Lei 12.034/2009. De acordo com o texto, “após a confirmação final do voto pelo eleitor”, a urna eletrônica deveria imprimir “um número único de identificação do voto associado à sua própria assinatura digital”.
A novidade começaria a valer em 2014, mas foi derrubada no ano anterior pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, a Corte declarou a norma inconstitucional por comprometer o sigilo e a inviolabilidade do voto.
Em 2010, ele acusou as urnas eletrônicas de serem responsável por sua derrota para Roseana Sarney.
Os tuítes questionando a integridade das urnas e do processo eleitoral por parte de Dino seguem no ar, e o ministro não ofereceu respostas quanto às suas posições há 10 anos.
Em 27 anos desde a implementação da Urna Eletrônica, em 1996, nem o TSE nem a Polícia Federal detectaram fraudes nas urnas eletrônicas ou nos sistemas de apuração em si – fraudes eleitorais, segundo os dois orgãos, seguem sendo cometidas via manipulação do eleitor como compra de votos, e não do sistema de votação.