Um grupo de 33 deputados, liderados por Luiz Philipe Orleans Bragança (PL-SP), apresentou nesta quarta-feira, 29, um pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As informações são do Estado de São Paulo. Entre os signatários estão os deputados de Santa Catarina Caroline de Toni, Daniela Reinehr, Julia Zanatta e Zé Trovão, todos do PL, e Gilson Marques (Novo). Também assinaram o documento os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Deltan Dallagnol (Podemos-PR) e Bia Kicis (PL-DF). A aprovação depende do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).
O pedido aponta como “pontos preocupantes” a declaração de Lula segundo a qual ele pensava, na prisão, em “foder” o ex-juiz e hoje senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) e “ataques às instituições de combate à corrupção”.
O grupo elenca como exemplo desses “ataques” o fato de o presidente ter afirmado que uma operação da Polícia Federal contra o PCC teria sido uma “armação” do ex-juiz da extinta Operação Lava Jato.
“No contexto de reiteradas falas sobre desejo de vingança aos integrantes da Lava Jato, o presidente da República flagrantemente faltou com a verdade e produziu uma ‘fake news’ de efeitos extremamente danosos às instituições afirmando que o atentado contra Moro e seus familiares seria uma armação do próprio Moro. Em seguida, o presidente debochou da ameaça séria à vida de famílias inocentes”, afirmam os deputados.
O documento entregue à presidência da Câmara dos Deputados acusa o petista de suposto crime de responsabilidade e apontam ingovernabilidade por incapacidade do petista de “aglutinar coesão em torno de um plano nacional no Congresso”.
Este é o sétimo pedido de impeachment contra Lula. A maioria foi motivada por declarações públicas do petista.
Na mesma época em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha dois pedidos protocolados solicitando a sua retirada do cargo.
Segundo dados da Câmara dos Deputados, os pedidos alegavam crime de responsabilidade e omissão.