Governo do Estado ameaça cortar ponto de professores grevistas

Parte dos professores estaduais estão em greve desde o dia 23 | Foto: Divulgação/Sinte

Por: OCP News Florianópolis

29/04/2024 - 09:04 - Atualizada em: 29/04/2024 - 09:51

O governador Jorginho Mello (PL) emitiu um comunicado firme através das redes sociais e em nota oficial reafirmando que o Estado só voltará às negociações com o Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sinte) quando considerar que “essa pequena parcela de professores (em greve) retorne para a sala de aula”.

Desde o dia 23 de abril, os professores da rede estadual de Santa Catarina estão em greve, em protesto por melhores condições de trabalho e remuneração. No entanto, o governo estadual não reconheceu a legalidade da greve até o momento.

No último domingo (28), o governo anunciou medidas mais rigorosas contra os grevistas, incluindo o desconto das faltas injustificadas dos professores que aderiram à paralisação. Além disso, foi decidido que professores temporários serão contratados para garantir a continuidade das aulas.

Segundo o Estado, apenas 10% dos professores teriam aderido à greve. O Sinte diz que mais de 30% estão paralisados.

Nota Oficial do Governo do Estado de Santa Catarina

Sobre a greve de uma pequena parte dos professores catarinenses, diante dos fatos abaixo expostos:

  • Com base nos portais de transparência de cada Estado, Santa Catarina paga a maior média salarial da região Sul aos profissionais da Educação, superior em cerca de 15% à paranaense e aproximadamente 50% maior que a gaúcha.
  • O governo está aumentando em mais de 100% o vale-alimentação.
  • Revisou o desconto de 14% para aposentados, garantindo que recebam um valor maior todos os meses no benefício.
  • Trabalha no maior concurso da história para contratar 10 mil novos profissionais na Educação.
  • Preocupou-se em garantir que todos os professores tenham um horário remunerado fora da sala de aula para planejar conteúdos e preparar provas.
  • E que o pedido da descompactação da folha de pagamento é absolutamente inviável no momento: custaria R$ 4,6 bilhões e violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O Estado portanto, determina, inicialmente, as seguintes medidas para garantir o acesso de todos alunos catarinenses à Educação:

  • Desconto das faltas injustificadas dos professores grevistas
  • Contratação de professores temporários para manter as aulas funcionando
  • E que a negociação sobre remuneração dos professores só será retomada assim que essa pequena parcela de professores retorne para a sala de aula

O Governo do Estado julga relevante também realizar um agradecimento público aos quase 90% dos professores que seguem trabalhando nas salas de aula de todas as cidades de Santa Catarina.

 

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