A retomada imediata de parte das obras de duplicação do trecho estadualizado da BR-280, iniciada em 2017 pela construção do viaduto no trevo de Guaramirim com a SC-108, vai depender de desempenho da arrecadação estadual e disponibilidade de recursos próprios, afirma governo.
O assunto foi discutido nesta segunda-feira (8), durante a visita à Jaraguá do Sul do secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba.
Em reunião com lideranças políticas e empresariais da região, o secretário foi questionado sobre as perspectivas reais do governo para a retomada das obras de duplicação do trecho estadual da rodovia.
Em relação a todo o projeto – que inclui o viaduto e as marginais, a duplicação e outras obras de arte complementares -, o secretário informa que o governo do Estado está buscando um financiamento de R$ 720 milhões junto ao BNDES para um pacote de obras de infraestrutura prioritárias para Santa Catarina que inclui a BR-280.
No entanto, diante do impacto negativo que a falta de uma rodovia duplicada tem causado para o desenvolvimento da região – Jaraguá do Sul, por exemplo, tem uma arrecadação de ICMS hoje de R$ 146 milhões, valor abaixo do arrecadado em 2013, de R$ 162 milhões -, uma alternativa foi discutida durante a reunião.
Presidente da Acijs (Associação Empresarial de Jaraguá do Sul), Anselmo Ramos, que participava da reunião, sugeriu ao governo a retomada das obras a partir de uma parte menor do projeto, já licitada, como forma de sinalizar à comunidade e às empresas a retomada do investimento em infraestrutura na região.
A intenção é que a medida traga mais otimismo, principalmente às empresas, para que apostem em manter ou trazer seus negócios à região.
“Retoma esse ano para dar um alento à comunidade, às empresas, para elas pararem de sair [da cidade]. Tendo uma luz no fim do túnel é ganho para todos, aí as empresas conseguem administrar mais uns dois, três anos, e as pessoas se programam para isso”, disse o presidente.
Segundo Ramos, o investimento na obra ainda traria um retorno rápido.
“O valor dessa obra representa semanas em termos de arrecadação, o retorno dela é muito rápido, então até um financiamento do BNDES ele se paga, a obra se paga”, afirmou.
O secretário demonstrou apoio à sugestão e disse que irá defender a ideia junto ao governador.
Sobre a possibilidade de que a proposta seja aceita, Borba afirma que o governo deve analisar o desempenho financeiro do primeiro quadrimestre e avaliar a situação do Estado como um todo.
“Não adianta a gente cobrir um santo e destapar outro”, comenta.
No momento, o governo está fechando o mês de março e vai aguardar até o fim de abril para analisar o comportamento da receita estadual e qual a condição de financiamento do Estado para as obras, com recurso próprio.
“Então a gente vai ter que aguardar mais um pouco para dar uma resposta positiva ou negativa em relação a isso”, diz Borba.
Obra está orçada em mais de R$ 110 milhões
Quanto à execução de todo o projeto de duplicação, o secretário Douglas Borba afirma que são necessários R$ 110 milhões, mais R$ 15 milhões a R$ 20 milhões adicionais para obras de arte.
Porém, o secretário relata que o governo do Estado não tem condições de custear uma obra desse volume.
A alternativa – que chegou a ser anunciada pela gestão estadual anterior, do ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), mas sem continuidade -, é buscar um financiamento de R$ 720 milhões para as obras estruturantes prioritárias de Santa Catarina, entre elas o trecho estadualizado da BR-280, assegurou o secretário, às lideranças presentes na reunião.
Participaram do encontro o deputado estadual Vicente Caropreso (PSDB), o deputado federal Fábio Schiochet (PSL), o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB), o presidente da Acijs, Anselmo Ramos, além de demais lideranças e equipe dos governos municipal e estadual.
Convênio com hospitais
A agenda do secretário em Jaraguá do Sul também incluiu visita aos hospitais do município.
Pela importância e pela seriedade dos hospitais, Borba afirma que os serviços prestados pelas unidades não podem ser descontinuados.
Por isso, garantiu a continuidade do pagamento dos convênios com ambos os hospitais.
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