Por Patricia Moraes
Muito trabalho e busca incansável por recursos. Esta tem sido a tônica dos cem primeiros dias de administração de João Carlos Gottardi (PP), prefeito do município de Corupá. O pepista comemora os bons resultados já obtidos, principalmente na educação, e diz que pretende manter o ritmo acelerado até o fim do mandato.
Como o senhor avalia os cem primeiros dias de governo?
Além das expectativas. Principalmente na educação, evoluímos muito. Com a municipalização da Escola São José passamos a atender 550 novos alunos. Também criamos 90 novas vagas na educação infantil sem construir uma única sala, apenas readequando o nosso quadro, isso representa aumento de 30% no número de alunos atendidos. Até maio temos o objetivo de criar outras 50 novas vagas nas creches. Na saúde, buscamos R$ 750 mil para construção de um novo posto na João Tozzini. Os recursos virão de emenda do deputado federal Esperidião Amin ao governo do Estado, sendo liberada para a Prefeitura pelo secretário Vicente Caropreso. Além disso, vamos assinar convênio com o hospital Rocio, em Campo Largo , para especialidades. Temos muita gente esperando na fila para consultas e outros procedimentos especializados.
Na infraestrutura, qual foi a tônica?
Melhoramos muito. Trocamos pontilhões, colocamos macadame em todas as regiões. Isso reflete na agricultura. Precisamos de estradas em condições para fazer circular nossa produção de banana. Sofremos com quatro semanas de chuva, mas quando dá sol o trabalho é intenso. Estamos conseguindo atender à demanda. Também demos início à pavimentação da rua Padre Gabriel Lux, que dá acesso ao seminário, um dos cartões postais do município, e assinei a ordem de serviço para pavimentação de outras seis ruas. Esse ano, o objetivo é asfaltar 14 ruas.
Que outros destaques citaria?
Na cultura, criamos um calendário de eventos especial. Este ano vamos comemorar os 120 anos da cidade. Decidimos ter uma programação o ano todo voltada às tradições da nossa população. Também assinamos convênio com Sebrae para criarmos o Plano Municipal de Turismo. A intenção é gerar emprego e renda. O turismo é um dos setores que mais cresce no mundo e temos um potencial que precisa ser aproveitado.
Com orçamento apertado, a busca por recursos é constante?
Já fui duas vezes a Brasília, uma antes de assumir e uma em fevereiro. Apenas 20% do que é arrecadado volta aos municípios. Não tem outro jeito, o prefeito tem que ter bons projetos embaixo do braço e sair cobrando verbas, até porque para se eleger os deputados e senadores vieram ao município pedir voto, agora devem à população uma retribuição. Para Florianópolis vou praticamente uma vez por semana. Temos que garantir recursos para podermos realizar as obras que a cidade precisa.
