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General admite autoria de plano para matar Moraes, Lula e Alckmin

Foto: Isac Nóbrega/PR

Por: OCPNews Brasilia

25/07/2025 - 09:07

O general da reserva Mário Fernandes confirmou nesta quinta-feira (24) ser o autor do chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa — segundo a Polícia Federal — o sequestro e o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A declaração ocorreu durante o interrogatório do “núcleo 2” na Primeira Turma da Corte. Fernandes destacou que o plano era apenas um “pensamento digitalizado” e disse que não compartilhou o documento com ninguém.

“Confirmo. Esse arquivo digital nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado — um compilado de dados, um estudo de situação, uma análise de riscos que eu fiz e, por costume próprio, resolvi inadvertidamente digitalizar. Não foi apresentado a ninguém esse pensamento digitalizado e não foi compartilhado com ninguém”, disse ao ser questionado pelo juiz auxiliar Rafael Rocha, que atua no gabinete de Moraes.

“Eu garanto que, se meu HD fosse extraído dos autos do processo, em nada isso impactaria o processo ou mesmo a parte das denúncias, porque o que foi contato até aqui sobre esse arquivo é absolutamente descontextualizado”, acrescentou o general.

Ex-secretário-geral da Presidência no governo Bolsonaro (PL), Fernandes foi preso durante a Operação Contragolpe, deflagrada pela PF no dia 19 de novembro de 2024.

Na ocasião, a PF disse ter identificado a existência de um planejamento operacional denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que “seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos”.

“Não passa de um pensamento digitalizado. Hoje eu me arrependo de ter digitalizado isso, mas o mais importante: não passa de um compilado de dados, a visão de um militar, que não foi compartilhado com ninguém”, reiterou o militar durante o interrogatório.

Ele confirmou que imprimiu o plano no Palácio do Planalto, mas disse ter rasgado o documento em seguida. “Eu imprimi para ler em papel, para não forçar a vista e logo depois eu rasguei”, disse. O general negou que o arquivo seria apresentado em uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após o interrogatório, o ministro Alexandre de Moraes abrirá o prazo para as alegações finais da Procuradora-Geral da República (PGR) e dos réus. Depois dessa etapa, o processo será liberado para julgamento. O “núcleo 2” é formado por:

  • Fernando de Sousa Oliveira (delegado da Polícia Federal);
  • Filipe Martins (ex-assessor internacional da Presidência da República);
  • Marcelo Costa Câmara (coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência);
  • Marília Ferreira de Alencar (delegada e ex-diretora de Inteligência da Polícia Federal);
  • Mário Fernandes (general da reserva do Exército);
  • Silvinei Vasques (ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal).

* Com informações da Gazeta do Povo.

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