Desde 17 de agosto, quando começou a campanha eleitoral de 2018, o número de eleitores indecisos e o de inclinados a votar nulo ou em branco diminuiu, mas continua significativo.
Faltando menos de 15 dias para a eleição, os candidatos ao governo de Santa Catarina mais bem colocados nas pesquisas alinham as estratégias de campanha para tentar conquistar essa parcela do eleitorado.
“A gente está atacando com a reestruturação do programa de governo, para ser mais propositivo, focando em apresentar mais as propostas”, conta o coordenador de campanha do candidato Mauro Mariani (MDB), Tufi Michreff Neto.
A intenção é reforçar as áreas prioritárias do projeto de governo, como saúde e educação, justamente para buscar mais engajamento dos eleitores.
A estratégia agora é intensificar as visitas às empresas, às rádios e televisões para propagação das propostas, explica o coordenador, com elaboração também de materiais de campanha específicos para cada região do Estado.
O contato direto com o eleitor também faz parte dos últimos momentos da campanha, “para mostrar a importância de optar por um candidato, pelo nosso candidato”, reforça Neto.
Reforço nas redes sociais
Levar a mensagem e a proposta de governo para o máximo de eleitores é também o principal objetivo da campanha do candidato Décio Lima (PT) para as próximas duas semanas.
“Vamos até o último minuto, a estratégia é disputar os votos até os últimos minutos possíveis da campanha”, declara o coordenador de comunicação do candidato, Felipe Damo.
Com um período de campanha mais curto e pouco tempo de propaganda eleitoral na TV e rádios, Damo aponta que há incerteza de que a proposta vai chegar a todos os eleitores, em todo o Estado.
Por isso, a estratégia agora é intensificar a campanha nas redes sociais e nas ruas, conta o coordenador. “Até porque na TV tem só mais uma semana e meia [de propaganda], então agora é a hora da correria”, avalia.
Temas complexos na rede
Para o candidato Gelson Merísio (PSD), as redes sociais trazem a possibilidade de que temas difíceis possam ser discutidos abertamente com a população sem inviabilizar projetos eleitorais, sendo possível ainda ter êxito eleitoral.
“Essa é a grande virtude da proliferação das redes sociais, que permitem um contato permanente com o eleitor para explicar propostas e combater a difamação gerada pelas notícias falsas”, considera o candidato.
Nesse contexto, Merisio explica que a estratégia de sua campanha é simples, mas eficiente, buscando apresentar os projetos para Santa Catarina de forma clara e transparente.
Trabalhar forte, com o mesmo ritmo do início da campanha também faz parte da estratégia, diz o candidato. “De já termos reuniões às 7h da manhã e encerrarmos o dia depois das 22h em eventos em várias regiões do Estado”, pontua.
Empate técnico justifica corrida pelo voto
As pesquisas eleitorais justificam a corrida pelo voto. No início da campanha, os eleitores indecisos ou que pretendiam votar nulo ou em branco para governador do Estado representavam 90% dos entrevistados em pesquisa eleitoral do Ibope, do tipo espontânea. Na pesquisa estimulada, o número caía para 57% do total dos entrevistados.
Realizada entre 14 e 16 de agosto, a pesquisa do Ibope, encomendada pela NSC Comunicações, foi a primeira realizada depois da oficialização das candidaturas na Justiça Eleitoral. A pesquisa do Ibope ouviu 812 eleitores de todas as regiões do Estado, com 16 anos ou mais.
Já em 5 de setembro, outra pesquisa, encomendada pelo Grupo RIC/Fecomércio junto ao Instituto RealTime Big Data, mostrou uma tendência de melhora no cenário dos indecisos e inclinados ao voto nulo ou em branco, mas o número continuou alto na pesquisa espontânea: 76% dos entrevistados.
A pesquisa ouviu 1.100 pessoas entre 1º e 3 de setembro, em cinco regiões do Estado. Na pesquisa estimulada, o quadro já foi mais favorável aos candidatos, com 37% dos eleitores indecisos ou tendendo ao voto nulo ou em branco.
O percentual, no entanto, ainda foi superior às intenções de votos para os candidatos com melhor desempenho nas pesquisas: 20% para Mauro Mariani (MDB), 18% para Gelson Merisio (PSD) e Décio Lima com 16%. Novas pesquisas a caminho, no entanto, podem revelar ainda um cenário diferente.
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