A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) iniciou nesta segunda-feira (14) um processo que pode obrigar o grupo Meta, do bilionário Mark Zuckerberg, a vender parte de suas subsidiárias, que incluem Instagram e Whatsapp.
A expectativa é que o julgamento anti-truste se prolongue ainda por várias semanas, segundo informações da CBS News.
Este é o primeiro julgamento contra uma das “Big Techs” desde que o início do segundo governo Trump; o processo foi aberto contra a Meta – então Facebook – em 2020, durante o primeiro mandato de Trump.
Na queixa, a FTC alega que a Meta adotou condutas anticompetição e que a posse do Instagram e do Whatsapp pela empresa lhe concede controle excessivo sobre as redes sociais.
O advogado que representa a FTC no caso, Daniel Matheson, afirmou em suas declarações iniciais que não há problema com as práticas de inovação da Meta – o problemaé oq eu veio depois.
O Facebook comprou o Instagram em 2012 e o Whatsapp em 2014.
A FTC afirma que a Meta deve vender as duas subsidiárias para restaurar a competição no setor, e informar ao governo antecipadamente sobre quaisquer novas aquisições e fusões.
Segundo Matheson, ao adquirir o Instagram e o Whatsapp, a Meta estava “eliminando ameaças imediatas” e coibindo competição; o advogado da Meta, Mark Hansen, por sua vez, disse que não há evidência de monopólio e que a empresa “não fez nada de errado” em adquirir as duas empresas.
Ele adiciou que se a Meta tivesse um monopólio do setor, ela teria controle sobre a precificação das redes sociais, e que os serviços da Meta não podem ser um monopólio pois “são gratuítos”.
Mark Zuckerberg foi a primeira testemunha a depor no julgamento; em seu testemunho, Zuckerberg admitiu que o Facebook estava de fato enfrentando dificuldades em obter usuários em plataformas móveis antes de adquirir o Instagram; em um e-mail de 2012, Zuckerberg afirma que o Facebook estava tão atrás do Instagram que “nós nem entendemos o quão para trás nós estamos”.