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“Estão avisados” diz embaixada dos EUA sobre aliados de Moraes

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Por: Pedro Leal

07/08/2025 - 16:08 - Atualizada em: 07/08/2025 - 16:10

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil publicou nesta quinta-feira (7) uma mensagem em suas redes sociais acusado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de “Censura” e “perseguição”.

As informações são do portal G1; a postagem faz referência a outra mensagem do subsecretário de Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, que traz conteúdo semelhante.

“O ministro Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Suas flagrantes violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump”, diz o texto nas rede sociais.

Em julho, outra nota da embaixada dos EUA endossava a opinião do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre Bolsonaro, dizendo que o ex-presidente está sendo vítima de “perseguição política”.

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Desde janeiro deste ano, os Estados Unidos estão sem um embaixador no Brasil; Trump segue sem indicar um nome para a representação diplomática, que tem sido desempenhada pelo encarregado de negócios da embaixada norte-americana, Gabriel Escobar, e na semana passada, o governo Trump sancionou o ministro Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky.

“Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto”, acrescentou a embaixada norte-americana.

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Ao sancionar Moraes, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, mencionou diretamente uma suposta “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro.

O termo também foi usado por Trump na carta em que taxou o Brasil em 50%.

“Alexandre de Moraes assumiu para si o papel de juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos e do Brasil”, disse Bessent, na ocasião, e seguiu: “Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos judicializados com motivação política — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará responsabilizando aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos”, em comunicado.

O STF, por sua vez, divulgou nota em apoio ao ministro da Corte Alexandre de Moraes. No texto, o STF destaca que todas as decisões tomadas pelo ministro na ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro – mencionadas no anúncio feito pelo governo americano – “foram confirmadas pelo Colegiado competente.”

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que pode discutir a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent.

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).